quinta-feira, 22 de maio de 2008

O facão e o pequi

Foi manchete nacional o acontecido em Altamira com o engenheiro Paulo Fernando Rezende, da Eletrobrás, quando por pouco não morreu, vitimado por um profundo golpe de facão brandido por um índio, pelo simples fato de expor, durante uma conferência, seu ponto de vista favorável à construção de uma hidrelétrica.

Contra esse clamoroso atentado, praticado contra um brasileiro no exercício de suas atividades profissionais, não se levantaram os defensores dos direitos humanos. Os mesmos que se indignam quando a Justiça profere uma sentença inocentando o pretenso assassino de uma freira norte-americana de esquerda, ou quando algum sem-terra invasor é ferido ao entrar criminosamente em propriedade alheia. Isto revela o grau de “conscientização” e manipulação a que as populações indígenas estão sendo levadas por obra de elementos do clero esquerdista partidário da Teologia da Libertação e de ONGs nacionais e internacionais obedientes à mesma orientação.

Para tais setores, pouco importa se uma enorme parcela da população brasileira fique privada de energia elétrica. O que não se pode é “profanar” os “santuários” da biodiversidade e os “nichos” de seus “santos”, os índios. Estes infelizes não passam de meros instrumentos nas mãos de teólogos e antropólogos ateus e de ativistas do mesmo naipe, que querem mantê-los para fins escusos no estado de barbárie e de superstição em que vivem, ao invés de procurar fazer em benefício deles o que quis e fez o Apóstolo do Brasil, o Venerável Anchieta: catequizá-los e civilizá-los.

O mesmo estado de espírito visando impedir a construção da hidroelétrica no Norte preside também, infelizmente, a decisão do Ibama em Sete Lagoas (MG) no sentido de impedir, contra o sentimento geral da população, a construção de uma indústria de cerveja pela Ambev, a qual daria emprego direto para 800 pessoas numa cidade onde é alta a taxa de desemprego. A alegação do Ibama é de que no terreno existem 400 pés de pequis, que não podem ser cortados. Ora, além de a árvore ser muito comum na região, a Ambev se propôs a plantar uma quantidade muitíssimo maior em outro lugar a ser indicado. Mas o Ibama mantém a interdição.

Como fica, em pleno século XXI, a propalada “libertas quae sera tamen”? Será que para as pessoas e entidades adeptas da ecologia radical, o bem-estar e a liberdade das coletividades devem ser sacrificados em aras de uma natureza “deificada”, que não sirva o homem mas o subjugue?

Grave ameaça paira sobre o Brasil

Em lúcida matéria publicada em 20 de maio de 2008 na “Tribuna da Imprensa” e reproduzida pelo boletim AEPET, o jornalista Sebastião Nery aponta para as graves conseqüências que podem advir para a soberania e integridade territorial do Brasil em razão da demarcação em terras contínuas das reservas indígenas dos Ionamânis e, mais recentemente, da Raposa Serra do Sol, cuja decisão está nas mãos do STF.

Se o direito a possuir armas – comentamos – não pode ser negado ao indivíduo honesto para a defesa da sua vida, da sua família e da sua propriedade, tendo sido por isso objeto de um plebiscito, com muito mais razão os brasileiros de norte a sul do País têm o direito – e até o dever – de exigir o mesmo quando está em jogo algo muitíssimo mais transcendente, como é a soberania nacional.

– Concordam os brasileiros com a destinação dada às referidas áreas, quando pende sobre elas o risco de virem a ser declaradas independentes do Brasil?
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Não há índio ianomâmi

Sebastião Nery

Em abril de 91, o príncipe Charles, da Inglaterra, aquele que trocou a deusa Diana pela bruxa Camila, promoveu, a bordo do iate real inglês Brittania, ancorado no rio Amazonas, um seminário de dois dias.

Estavam lá David Triper, ministro do Meio Ambiente da Inglaterra, William Reilly, diretor da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, Carlo Ripa di Meana, coordenador do Meio Ambiente da Comunidade Européia, Robert Horton, presidente da Britsh Petroleum, e o ministro brasileiro José Lutzenberger, do Meio Ambiente (governo Collor).

No dia 15 de novembro de 91, o ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, assinou a portaria 580, criando a Reserva Indígena dos Ianomâmis: uma área contínua de 91 mil quilômetros quadrados, na fronteira de Roraima e do Amazonas com a Venezuela.

Príncipe Charles
No começo de 2000, quando a população de Roraima se insurgiu contra a criação, em área continua, da Reserva Indígena Raposa-Serra do Sol, o príncipe Charles, aquele que trocou a divina Diana pelo fantasma Camila, visitou a Guiana, onde participou da inauguração da `reserva ambiental` de Iwokrama, com 400 mil hectares, na região do rio Rupunini.

O secretario do Ministério de Relações Exteriores inglês, Paulo Taylor, e o secretário da embaixada britânica no Brasil, John Pearson, estiveram em Roraima `para conhecer de perto a realidade indígena`.

Em 15 de abril último, o governo Lula assinou a criação, em terras contínuas, da Reserva Indígena Raposa-Serra do Sol: 1,75 milhão de hectares, cuja constitucionalidade o Supremo Tribunal está julgando.

Agora, o mesmo Charles, o príncipe cego, convidou governadores e parlamentares da Amazônia para uma `segunda rodada sobre a Amazônia` em Londres. O que eles querem? Fincar uma estaca inglesa na Amazônia.

Curt Nimuendajú
Do embaixador Adriano Benayon, recebo estudo sobre a gula externa pela Amazônia, com uma pesquisa do professor Mario Drumond:

1 - `Consultei o `Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendajú` (IBGE/MEC - edição de 1981), considerado exaustivo como estudo científico das tribos, etnias, migrações e populações índigenas no Brasil, e verifico que não se registra nele nenhuma tribo chamada `ianomami`, nem com I nem com Y, e nem com qualquer tipo de semelhança nominal ou ortográfica. Significa, portanto, que não existe e nunca existiu tal tribo`.

2 - `Os estudos e pesquisas do naturalista e etnólogo alemão Curt Unkel (que adotou o nome indígena de Curt Nimuendajú), realizados no Brasil ao longo de 40 anos (1905 e 1945) de ininterruptos trabalhos de campo, relacionam nominalmente, mapeiam (inclusive as migrações e perambulações) e comprovam cientificamente a existência de mais de 1.400 tribos indígenas de diferentes etnias em todo o território brasileiro, com enfase na Amazônia e países fronteiriços a oeste e norte do Brasil. É considerado o mais importante e minucioso estudo jamais realizado em qualquer parte do mundo sobre as populações indígenas amazônicas`.

A farsa
3 - `A `nação indígena inomami` é uma patifaria, uma ficção histórico-indígena que vem se criando e desenrolando em conivência com interesses apátridas e antinacionais. Não existem índios inanomamis. Os que estão na `reserva` foram levados por ONGs controladas e financiadas por entidades estrangeiras, com a ajuda da FunaiI, a partir dos anos 70`.

4 - `Tudo isso está documentado no livro `A farsa ianomâmi`, do coronel Carlos Alberto Menna Barreto, em trabalhos do coronel Gelio Fregapani e em artigo do almirante Gama e Silva: `Ianomâmi? Quem?``.

A ameaça
Para que a perda de nossos territórios se torne também `de direito`, basta que nações mandem os índios, que já controlam através de ONGs, entidades religiosas, etc., proclamarem-se `cidadãos de países independentes` atraves da `independência` de países inventados, apoiados externamente.

Fantasia? Leiam a `Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas`, aprovada dias atrás pela ONU, inclusive com o voto do Brasil. É da maior gravidade, sobretudo se o Congresso aprovar e incorporar à Constituição, conforme o art. 5º, parágrafo 3º, da emenda nº 45, de 2004:

`Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, que forem aprovados, em cada casa do Congresso, em dois turnos, por 3/5 dos votos, serão equivalentes às emendas constitucionais`.

Autonomia e governos
A `Declaração` tem 46 artigos, que o País não discutiu. Por exemplo:

1.

Art. 4: `Os povos indígenas, no exercício de seu direito de livre determinação, têm direito à autonomia (sic) ou ao autogoverno (sic)... a reforçar suas instituições políticas, jurídicas, econômicas, sociais, culturais`.

Art. 9: `Os povos indígenas têm direito a pertencer a uma comunidade ou nação (sic) indígena`.

Art. 26: `Os povos indígenas têm direito às terras, territórios e recursos que tradicionalmente tenham possuído, ocupado ou utilizado`.

Art. 30: `Não se desenvolverão atividades militares (sic) nas terras ou territórios dos povos indígenas, a menos que tenham solicitado`.

Art. 36: `Os povos indígenas, sobretudo os separados por fronteiras internacionais (sic), têm direito de manter e desenvolver contatos, relações e cooperação com outros povos, através das fronteiras` (sic).

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ciclones e terremotos

O mundo acompanha, entre estarrecido e interrogativo, as conseqüências do ciclone que açoitou Mianmar, seguido pouco depois do monumental abalo sísmico ocorrido no coração da China, catástrofes que sepultaram até o momento dezenas de milhares de pessoas. E se pergunta, no fundo, se isso já não seria um sinal de que a poderosa mão do Rex regum et Dominus dominantium – Rei dos reis e Senhor dos senhores – começou a se abater sobre o caótico e pecaminoso acontecer humano, a fim de lhe alterar o curso na perspectiva da Mensagem de Fátima.

Esquecidos de que “se o Senhor não edificar a cidade, trabalharão em vão os que a edificam” e que se Ele não a vigiar, “vigiarão em vão os que a custodiam”, os homens erigiram loucamente uma civilização, fazendo não somente abstração de Deus, mas voltada contra o próprio Criador. Resultado: esta se tornou inviável, bastando, para comprová-lo, cada um olhar o que acontece em torno de si, de sua família e da sociedade em geral, e, por fim, no próprio Estado.

Essa crise atingiu – oh dor! – até a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, invadida que foi pela “fumaça de Satanás” e pelo terrível processo de “autodemolição” aos quais se referiu Paulo VI, a partir do momento em que João XXIII decidiu abrir de par em par as janelas do Santuário – como então declarou – e nele penetraram os ventos pestilentos do mundo moderno. Os resultados não se fizeram esperar.

Os sacerdotes são o “sal da terra e a luz do mundo”. Se o sal deixa de salgar e a luz de iluminar, como pode o mundo subsistir? Fizeram-se pois trevas sobre ele, e os desatinos cada vez maiores que presenciamos – e que só tendem a aumentar – correspondem ao que acontece na escuridão quando já não existem as luzes da razão e as leis da moral.

À medida que “autodemolição” ia se operando e a “fumaça de Satanás” penetrando no recinto sagrado, as novas vocações sacerdotais iam se escasseando e as igrejas esvaziando. Com o gradual abandono da batina e do confessionário, encheram-se os consultórios dos psiquiatras e psicólogos de pessoas que antes encontravam solução para muitos de seus problemas numa boa confissão.

Os sinos tangiam alegremente, convidando para a Missa matutina. Celebrada invariavelmente em latim, a comunhão era recebida na boca pelos fiéis ajoelhados. As mulheres iam vestidas com modéstia e portando véu. Todo o conjunto exprimia a grandeza do ato que ali se realizava: a renovação incruenta do sacrifício do Calvário. Comparando-se isso com o que acontece hoje, é impossível não exclamar com o Profeta: “Quomodo obscuratum est aurum” (como se obscureceu o ouro)!

As nações ocidentais passaram cada vez mais a adotar leis contrárias ao Decálogo, sem que as respectivas populações reagissem, afetadas que foram pela crise religiosa e moral, bem como pela corrupção generalizada que encontrou assim campo ainda mais propício para medrar. Até o extremo de as mais civilizadas dentre elas quererem construir, a partir de uma miscelânea de 27 países com costumes e passados diferentes, um super-estado denominado Europa Unida.

Dotado de moeda e de exército únicos, este leviatã arquitetado por burocratas à revelia das populações exige dos países-membros – e até mesmo das demais nações com as quais se relaciona –, entre outras coisas, a adoção do aborto e do casamento homossexual. Muitas pessoas têm inclusive comparado a Europa Unida com uma tentativa de reedição da União Soviética.

Enquanto esse Moloch vai sendo assim montado – mercê de um arbitrário Tratado assinado em Lisboa pelos muito “democráticos” artesãos da Europa Unida, cujas pretensões haviam sido negadas por referendos na França e na Holanda –, outro Moloch, o chinês, edificado por capitalistas ocidentais para se tornar a grande potência mundial, dá sinais de ameaçar a desabar... sob o peso mão de Deus. Pois é bem sabido que as autoridades comunistas estão ocultando o quanto possível a verdadeira extensão dos danos causados.

Caso essa hipótese venha a se confirmar, falaria simbolicamente em favor dela o fato de em 7 de maio último, cinco dias antes do terremoto, a Orquestra Filarmônica de Pequim ter executado o “Réquiem” de Mozart para Bento XVI, no Vaticano, enquanto os católicos chineses eram proibidos pelo governo de se dirigirem ao Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, para sua festa no dia 24 de maio. A Filarmônica teria assim executado o “Réquiem” do próprio regime comunista chinês e de suas pretensões de grande potência. Deus irridebit.