terça-feira, 2 de agosto de 2011

Comissão da verdade estabelece toda a verdade sobre Honduras

A política exterior brasileira da era Lula, a mais ativa em todo o longo e insidioso via crucis imposto a Honduras durante a crise desencadeada por Zelaya, após receber desta uma merecida humilhação em legítima defesa, recebe agora o “tiro de misericórdia”.

Este tiro lhe foi dado não pela “direita golpista”, mas pela própria Comissão da Verdade que a esquerda internacional – a grande derrotada em todo o episódio, apanhada “com a boca na botija” na iminência de dar um golpe – exigiu fosse constituída para apuração dos fatos.

Após reunir inúmeros documentos num dossier de 50.000 páginas, a Comissão da Verdade e Reconciliação de Honduras, estabelecida sob os auspícios da OEA, publicou seu veredicto neste mês de julho, em equilibrado documento de 52 páginas no qual dá conta da lisura do procedimento das autoridades hondurenhas que depuseram Zelaya.

Ora, a OEA é dirigida pelo socialista chileno José Miguel Insulza, que não só apoiou escandalosamente Zelaya naquela ocasião, mas que recentemente, extravasando-se de suas atribuições e da imparcialidade própria a seu cargo, incitou os hondurenhos a condenar o ex-presidente interino e constitucional Roberto Micheletti.

Entretanto, a Comissão da Verdade reconheceu que Manuel Zelaya foi o incitador da crise e um presidente corrupto, e eximiu de culpa tanto a Corte Suprema de Justiça como as Forças Armadas e Micheletti, que antes de assumir presidia o Congresso Nacional e era, pois, segundo a Constituição, quem deveria assumir a Presidência.

No artigo “A verdade sai à luz em Honduras” (“The Wall Street Journal” (25-07-11), a jornalista Maria Anastasia O’Grady afirma que o informe da Comissão da Verdade conclui com a afirmação de que a crise política hondurenha iniciou-se em janeiro de 2009, quando funcionários do gabinete presidencial se reuniram com congressistas de seu próprio Partido Liberal, e os “ameaçaram com a ruptura da ordem constitucional caso não se elegessem como magistrados da Corte Suprema de Justiça advogados que não figuravam na lista de quarenta e cinco (45) candidatos a magistrados”, nomeados oficialmene através de um processo legal de seleção. E que, segundo o informe completo, Micheletti afirmou que o embaixador dos EUA, Hugo Llorens, participou da pressão para que o Congresso violasse a lei.

Resumindo, tudo começou com uma manobra escusa para dominar a mais alta corte do Poder Judiciário e impedir assim qualquer reação. É, aliás, a mesma técnica que os ditadores bolivarianos têm procurado utilizar em seus respectivos países.

Honduras foi portanto a gloriosa vítima que, com a humildade dos fracos que se tornam fortes quando feridos em seus legítimos direitos, assombrou o mundo ao desfazer as cavilosas maquinações de Lula, Fidel Castro e Hugo Chávez, que respaldados por Obama, ONU, OEA e União Europeia, tentaram, em frontal violação da Constituição hondurenha, renovar o mandato presidencial do “companheiro” Zelaya, visando a consolidar assim a hegemonia da esquerda no continente latino-americano.

Consolidação tanto mais importante quanto o então ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, não titubeou em declarar que a deposição de Zelaya era inaceitável, uma vez que a direita não podia ter mais vez na América Latina.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PESADELO CHINÊS

Se os pesadelos fossem só um fenômeno individual, a vida não seria tão difícil; mas quando eles se tornam coletivos, aí a coisa de fato se complica.

Se a falta de trabalho pode causar insônia, trabalho em excesso geralmente causa pesadelo. Quanto mais se o excesso não for voluntário, mas exigência de um patrão desalmado, que mantém seus empregados em regime de trabalho escravo!

E, entretanto, somos obrigados a conviver cada vez mais com produtos de um país cuja população inteira vive em constante pesadelo: a China. Sem nos darmos conta de que tais produtos provêem do suor de pessoas que são privadas de trabalhar livremente, de receber justo salário, e cuja parcela católica – por exemplo – não goza de liberdade de culto!

Ao mesmo tempo, nossos governos tratam com os ditadores chineses com a mesma naturalidade com que se entendem com os dirigentes de qualquer país democrático. E vão permitindo que o dragão amarelo vá deitando cada vez mais seus tentáculos em atividades que freqüentemente comprometem a própria segurança interna de seus respectivos países.

É o que, por exemplo, acaba de suceder na Grécia. Para “salvá-la” da crise, a China literalmente aportou ali, adquirindo o importante Porto de Pireu (ela já comprara, bem próximo de nós e entre muitos outros, um porto no Peru. Só para falar de portos...). Ela já se ofereceu para “salvar” da crise outros países civilizados, entre eles a Espanha, que vão assim ficando na sua dependência.

É também sabido que no Brasil a cobiça chinesa se tem feito sentir de modo preocupante, tanto pela conivência de nossos dirigentes como pela falta de atenção da opinião pública, desinformada ou distraída, muitas vezes com coisas secundárias.

Precisamos estar vigilantes. Enquanto o mundo oficial de inúmeros países faz todo tipo de mesuras e concessões à China, nosso próprio direito de conhecer o que ali se passa está sendo cerceado pelo seu regime opressor; publicações que denunciam a verdadeira realidade chinesa são proibidas. É o caso, por exemplo, do blog Pesadelo chinês (www.pesadelochines.blogspot.com), cuja leitura recomendo vivamente. Conselho que infelizmente não pode ser dado às populações de Pequim, Shangai ou Guangzhou... O leitor entenderá por quê.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

EGITO: DEMOCRATIZAÇÃO OU JIHAD MUÇULMANA?

Longe de sua propalada democratização apoiada por governos e mídias ocidentais, o Egito corre sério risco de ser dominado pelos radicais da Irmandade Muçulmana. - Esclarecedoras declarações de um sacerdote egípcio à Agência AsiaNews.

Irmãos Muçulmanos, perigo maior que Bin Laden

O grupo fundamentalista Irmãos Muçulmanos está ganhando terreno na mídia e ameaçando cristãos e muçulmanos moderados que apóiam um estado secular. O medo de um regime islâmico está levando muitos muçulmanos a emigrar para o Ocidente.

Cairo (AsiaNews) – “As reações no Egito à morte de Bin Laden tem sido distintas. Enquanto os muçulmanos moderados estão contentes com ela, os grupos da Irmandade Muçulmana, de Salafitas e Jihadistas chamam o terrorista de herói e mártir do Islã. Sua morte não reduzirá os perigos que cristãos e muçulmanos com mentalidade secular enfrentam desde a queda de Mubarak”, disse o Pe. Rafik Greiche, chefe de imprensa do escritório da Igreja Católica Copta do Egito e porta-voz de suas sete denominações no país.

O Pe. Greiche foi mais além, dizendo que muitos muçulmanos estão emigrando por medo dos fundamentalistas, que saíram de suas tocas depois da revolução no Egito e da queda do regime de Mubarak. Acrescentou que os mesmos trabalham duramente ao longo do país e estão engajados em propaganda anticristã, monopolizando algumas estações de TV, jornais e sites da Internet.


“Os líderes muçulmanos estão chamando os cristãos de infiéis que não tem qualquer direito à representação no Parlamento”, disse o sacerdote. “Uma atmosfera de terrorismo psicológico está provocando medo nas pessoas que querem a democracia, conduzindo muitos para fora do país”.

A Irmandade Muçulmana é o grupo islâmico mais bem organizado do país. Ela criou quatro partidos políticos para as eleições de setembro, todos claramente fundamentalistas. Mas, para contornar a lei, que proíbe partidos confessionais a concorrer às eleições, eles eliminaram todas as referências ao Islã.

Algumas fontes disseram à AsiaNews que graças ao seu grande trabalho de propaganda, a Irmandade Muçulmana fará um novo avanço nas próximas eleições.

De momento, a única alternativa de orientação secular são os jovens da Praça Tahrir. Entretanto, após a revolução eles se dividiram em 16 grupos, que estão agora procurando se organizar como partidos políticos.

Contudo, muitos desses grupos estão ainda filiados à Irmandade Muçulmana e poderiam ser influenciados pelos velhos líderes desta, observou o Pe. Greiche, para quem “demorará um ano para se compreender todas as implicações da revolução, boas ou más”.

A cruel realidade cubana

Enquanto no Brasil a esquerda exige a apuração de toda a verdade sobre o sucedido no passado aos seus militantes que através da luta armada queriam transformar nossa Pátria em uma nova Cuba, nesta mesma Cuba, em pleno mês de maio de 2011 e até o momento sem protesto da referida esquerda, um opositor do regime morre pouco depois de ser violentamente espancado em um parque público por agentes da tirania de Fidel Castro. Eis o que a este propósito publicou o importante jornal madrilense ABC (9/5/2011):

Opositor cubano morto após espancamento policial advertiu ter recebido ameaças

“Perseguem-me constantemente, sei que estão me vigiando, responsabilizo a segurança do Estado cubano e a polícia repressiva pelo que possa me acontecer de agora em adiante”. Esta foi a mensagem deixada ao mundo por Juan Wilfredo Soto, o opositor do regime castrista que morreu após receber espancamento policial na última quinta-feira.

Na gravação, que pode ser ouvida na Internet e cuja data se desconhece, o dissidente denuncia ser vítima da vigilância das forças de segurança, com “elementos” postados inclusive diante de sua própria casa, e demonstra temor de represálias do regime contra ele por defender a causa do também dissidente cubano e prêmio Sakharov Guillermo Farinas. “Os quinze dias que passaste apoiando o Coco (apelido de Farinas) te vão repercutir. Atente para as conseqüências do que te possa acontecer”, assegura Soto ter ouvido de um oficial de segurança.

Juan Wilfredo Soto, de 46 anos, foi espancado na quinta-feira última por quatro agentes da Polícia castrista, segundo denunciou a dissidência cubana. Depois morreu num hospital. A versão oficial do regime foi de que se tratou de uma pancretite, mas a oposição cubana crê que “o mataram”. Guillemo Fariñas indicou que Soto padecia de várias patologias como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, transtornos circulatórios e diabete. Soube, através dos médicos que o atenderam no hospital, que ele “teve uma descompensação e finalmente sofreu ‘uma parada cardíaca’”.

Para Elizardo Sánchez, presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, “não há dúvida de que existe uma relação causa-efeito entre a sova que sofreu na quinta-feira e sua morte”, razão pela qual solicitou a abertura de uma investigação.

O enterro de Juan Wilfredo Soto também se converteu em um ato de reivindicação pela dissidência e se desenvolveu em ambiente “muito tenso”, embora sem incidentes.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A “bela primavera” descansou em Deus

Oriunda de estirpes de alta linhagem e célebre pela ferrenha oposição que ofereceu ao comunismo no Vietnã, aos 86 anos faleceu piedosamente em Roma a indômita Madame Ngô Dinh Nhu, cujo nome de solteira – Tran Xuan – significa “bela primavera”. Ela contava 86 anos. Era Domingo da Páscoa, na bela primavera européia.

Convertida em 1943, Madame Nhu manteve-se militante católica até os últimos anos de sua vida, só saindo de casa para ir à Missa. Esta boa católica incutia tanto medo aos comunistas do Vietnã que estes a chamavam de “Madame Dragão”.

Seus pais – Tran Van Chuong e Nam-Tran Chuong – eram budistas e renunciaram aos postos de embaixador nos EUA e de observadora permanente junto à ONU em protesto pela orientação católica e anticomunista do governo sul-vietnamita de Ngô Dinh Diem, junto ao qual a filha exercia grande influência.

Madame Nhu era casada com Ngô Dinh Nhu (1910-1963), irmão caçula e conselheiro político de Ngô Dinh Diem (1901-1963), Presidente do Vietnã. Eles eram filhos de um mandarim conselheiro do Imperador da Indochina cuja família fora convertida ao catolicismo por missionários espanhóis no séc. XVII. E se honravam de ser irmãos do Arcebispo de Hué, Dom Ngô Diem Thuc.

Após diversas vicissitudes, em 1955 – ano no qual Ngô Dihn Diem se tornou seu primeiro presidente – o Vietnã estava dividido em duas partes: o Norte comunista, com capital em Hanói, e o Sul capitalista, sediado em Saigon. Apoiado pela China, o Norte era uma ameaça constante para o Sul, que reagia à altura apoiado pelos Estados Unidos.

Em 1961, com a ascensão de John Kennedy à presidência dos Estados Unidos, as coisas começaram a mudar. Apesar de católico, Kennedy passou primeiro a adotar uma política de passividade em face das agressões que comunistas e budistas inimigos da Fé moviam contra o governo sul-vietnamita, passando depois a uma política colaboracionista. Assim, seguindo ordens diretas de Kennedy, o embaixador Henry Cabot Lodge deixou de comparecer às reuniões com o Presidente Ngô Dinh Diem, avalizando implicitamente aquelas agressões.

Tal situação perdurou até o momento em que, sabendo que alguns generais sul-vietnamitas preparavam um golpe, o governo norte-americano lhes fez saber que podiam agir livremente, pois os Estados Unidos não impediriam.

Assim, no dia 1º. de novembro de 1963 o Palácio Presidencial foi cercado, mas o Presidente e seu irmão conseguiram fugir por uma passagem secreta. Capturados no dia seguinte, ambos foram assassinados cruel e friamente por um capitão do exército.

Tudo isso provavelmente não teria acontecido se motivos de ordem pessoal – uma operação no olho – não tivessem obrigado Madame Nhu a prolongar contra a sua vontade a permanência nos Estados Unidos, pois ela, ao contrário do Presidente e do seu marido, não confiava no governo Kennedy.

Seja como for, não se completaram três semanas e chegara a vez de Kennedy prestar contas. Seu assassinato em Dallas no dia 22 de novembro foi interpretado pela Madame Nhu como um castigo de Deus pelo hediondo crime contra os dois líderes anticomunistas e contra o próprio Vietnã, cuja rendição ao comunismo estava sendo cuidadosamente preparada.

E chegou ao seu termo no dia 30 de agosto de 1975, quando o país foi unificado sob a bota comunista. Iniciou-se então para a sua população um verdadeiro calvário. Milhares de pessoas de todas as idades e condições se puseram em dramática fuga através dos mares, sem que as nações os acolhessem. Ou quando algumas poucas o faziam, eles eram colocados indefinidamente em condições simplesmente subumanas.

Em meio a todos esses horrores e traições, uma nota de dignidade: quando, pressionado por Nixon – o iniciador da abertura para a China e consumador da traição de Kennedy em relação ao Vietnã – chegou o momento de o embaixador sul-vietnamita assinar em Paris o “tratado de paz” com o Norte, ele o fez; mas em seguida, indignado, jogou a caneta ao chão!

Esta cena foi fixada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no artigo que escreveu para a Folha de S. Paulo, intitulado: “Jogando a caneta no chão”. Aliás, por iniciativa do fundador da TFP, esta organização foi das poucas vozes que se alçaram em defesa dos vietnamitas no decurso de seu trágico e longo opróbrio.

Dolorida, de seu exílio a tudo assistiu Madame Nhu. Mas agora, da Eterna Primavera, para o seu Vietnã querido, mas traído, vilipendiado e escarnecido, ela está implorando à Rainha do Céu e da Terra a pronta libertação da tirania comunista.

terça-feira, 26 de abril de 2011

CRIMINALIDADE: FRUTO AMARGO DA CRISE RELIGIOSA

Estudo publicado por um órgão da OEA informa que só em 2010 houve 130 mil assassinatos nas Américas – um a cada três minutos! Este assombroso índice é reflexo da crise social, a qual por sua vez decorre da crise da família, célula mater da sociedade.

Mas qual é a origem da presente crise da família, contra a qual o Congresso está preparando neste momento em Brasília um novo e terrível golpe colocando-a em pé de igualdade com as uniões estáveis?

Ela provém de uma distorção que a partir da década de 1930 o movimento progressista – herdeiro do modernismo condenado por São Pio X – fez na liturgia e na doutrina da Igreja, distorção esta que foi objeto de corajosa e oportuna denúncia do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro Em Defesa da Ação Católica (Editora Ave Maria, São Paulo, 1943). Sua íntegra está disponível no site www.pliniocorreadeoliveira.info

Sendo o Brasil um país católico, tal crise não poderia deixar de atingir imediatamente a sociedade civil. Pois a relativização e depois omissão do ensino moral da Igreja conduziu à idéia de que não mais existe pecado, que “o inferno é nesta terra” – como dizem certos padres progressistas –, ficando as paixões humanas inteiramente à mercê dos vícios. De onde o divórcio com todas as suas seqüelas, o recurso às drogas como “saída” para o desregramento moral, e – como não poderia deixar de ser – também a criminalidade, fruto freqüente do desajuste familiar e das drogas.

A História conheceu situações semelhantes, decorrentes de crises religiosas profundas. O célebre Arcebispo Dom Silvério Gomes Pimenta conta em seu livro Prática da Confissão que a degringolada social na Alemanha aumentou tanto quando da eclosão do protestantismo, que os próprios magistrados pediram ao Imperador Carlos V para obter de Roma a volta dos confessionários, a fim de pôr cobro ao caos...

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira não somente denunciou a crise religiosa iniciada entre nós nos anos 1930 como mostrou profeticamente aonde a mesma iria desembocar se não fosse contida. Em carta ao Núncio Dom Aloísio Masella após o regresso definitivo deste a Roma, o Dr. Plinio o instou a fazer todo o possível para que não caíssem no vazio as denúncias contidas no Em Defesa da Ação Católica, pois do contrário ele não poderia imaginar “para que abismos morais rolará o Brasil”!

domingo, 24 de abril de 2011

KIT GRAMSCINIANO DE PERVERSÃO INFANTIL


A maioria dos leitores não se dá conta do que está por detrás do infame Kit anti-homofobia promovido pelo MEC e que vem sendo adotado por alguns governos de estado, entre os quais o de Minas Gerais. Seu verdadeiro nome deveria ser Kit gramsciniano de perversão infantil.

Sob pretexto de educar as crianças, o que se pretende é corrompê-las desde a mais tenra idade, a fim de que se tornem mais tarde “cidadãos conscientes” à imagem do “homem novo” com que sonham os revolucionários de vanguarda.

Essa idéia – uma autêntica Revolução Cultural – não é nova. Ela provém de Gramsci e vem sendo aplicada em todo o Ocidente, de modo especial na Espanha, transformada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em laboratório para irradiá-la ao mundo inteiro. – Não vieram de lá as Constituições bolivarianas ou as musas inspiradoras do PNDH-3?

A Revolução Cultural de Gramsci surgiu do fato de ele ter chegado à conclusão de que era inviável o triunfo da Revolução apenas através da transformação das estruturas sociais, devido à resistência dos homens. Diante disso, cumpria mudar interiormente o próprio homem, “educando-o” desde a mais tenra idade, encharcando-o de conceitos e hábitos revolucionários, para que mais tarde ele próprio exigisse tais mudanças.

Com a vantagem de que tal poderia obter-se – ao menos numa primeira fase – em regimes democráticos. Mas na Venezuela, por exemplo, onde o processo está mais avançado, o governo já pode propor uma mudança na Lei de Educação, através da qual fica declarada a cessação do pátrio-poder até os 20 anos de idade, e drasticamente limitado – para não dizer eliminado – o convívio das crianças entre os 3 e 10 anos com seus respectivos pais!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PRÊMIO NOBEL DA QUINTA-COLUNA


O jornal madrilense “El País” (21/04/2011) informa que durante entrevista em Buenos Aires, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010, declarou que votará “sem alegria e com muitos temores” no candidato de esquerda Ollanta Humala, fazendo um apelo aos peruanos a secundá-lo.

E acrescentou: “Minha esperança é que o que o candidato Humala diz agora seja verdade”.

Humala agradeceu o apoio do escritor: "Agradecemos o apoio de Vargas Llosa, assim como o de milhões de peruanos. Não pedimos um cheque em branco nem que nos presenteiem a confiança, a confiança deve ser ganha”.

Numa clara ingerência nos assuntos internos do Peru, a campanha de Humala está sendo assessorada desde janeiro pelos petistas Luis Favre e Valdemir Garreta, tendo contado ainda com a colaboração de João Santana, o marqueteiro que elegeu Lula em 2002 e atualmente assessora a presidente Dilma Roussef. Humala saiu à frente no primeiro turno.

O novo perfil arranjado pelo marqueteiro para distanciar o candidato peruano da imagem de aliado de Hugo Chávez é o mesmo “Lulinha paz e amor” que ele utilizou com sucesso para afastar do eleitorado brasileiro os temores em relação a Lula.

É chegado, pois, o momento de num continente coalhado de hienas populistas e petistas amamentadas pelo leite da Teologia da Libertação, saírem, pressurosos e decididos, mas afetando receio, os expoentes da Quinta-Coluna em defesa do candidato esquerdista peruano. São eles os intelectuais, clérigos, políticos e empresários que só vêem perigo no ressurgimento da direita, ali representado pela candidata Keiko Fujimori.


Pela inapreciável colaboração que prestam à causa comunista, para eles bem se poderia instituir um “Prêmio Nobel da Quinta-Coluna”.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O internacionalismo petista

À medida que passa o tempo, tornam-se cada vez mais claros os motivos da fúria lulo-petista em relação a Honduras. Com efeito, ao alijar do poder o golpista Zelaya, os valorosos hondurenhos simplesmente estragaram o lúgubre festim do PT – um partido nascido da Teologia da Libertação e atual ponta de lança na luta pela implantação do comuno-tribalismo na América Latina, para cujo êxito o fator unanimidade é imprescindível.

Nascida no Peru com o padre Gustavo Gutiérrez, a Teologia da Libertação dispõe de seus “missionários” políticos, os quais, bem entendido e para dizer pouco, da verdadeira religião católica são completamente alheios. Para estabelecer suas diretrizes e metas, eles se reúnem numa espécie de conclave laico denominado Fórum de São Paulo, como outrora se reuniam os partidos comunistas em seus respectivos congressos.

O mais destacado desses “missionários” se chama Luiz Inácio da Lula da Silva. Após deixar a Presidência, ele se tem movido de um lugar para outro em possante jatinho pertencente à empresa de um riquíssimo empresário que foi o avalista de sua eleição e cuja recente morte foi chorada em quase todos os ambientes.

Ainda sobre “o cara”, ouvi alguém proclamar um dia, no microfone de importante templo católico, este ditirambo, regado a duvidosa água benta: é o “ungido do Senhor”... Elogio, aliás, repetido mais tarde pelo Cardeal D. Claudio Hummes, que o comparou a Nosso Senhor Jesus Cristo e São Francisco de Assis!

Repetidas à saciedade, estas e tantas outras desmedidas e até ridículas exaltações pessoais – sobretudo quando provindas de altos eclesiásticos e políticos – constituem apetrechos indispensáveis à bagagem de quem foi escolhido para exercer um papel relevante na causa revolucionária na América Latina. Quanto mais ditirâmbicas e repetidas, tanto mais elas vão “fazendo” o personagem.

Mais modestos sob este ponto de vista, dois membros da ponta de lança deste conglomerado político-ideológico inspirado na Teologia da Libertação – os petistas Luis Fabre e Valdemar Garreta – estão cedidos desde janeiro ao candidato populista Ollanta Humala no Peru, para com os préstimos de João Santana, o hábil marqueteiro que elegeu Lula em 2002 e cuida hoje da imagem de Dilma Roussef, interferir ostensivamente nas eleições presidenciais daquele país.

Tal ingerência levou o jornal socialista espanhol “El País” (13/4/2011) a escrever surpreso: “O Brasil estreou no Peru como uma autêntica potência regional ao influenciar sem tapumes na vitória do candidato nacionalista Ollanta Humala no primeiro turno das eleições presidenciais. Dois assessores, membros ambos do governante Partido dos Trabalhadores (PT), trabalham desde janeiro em Lima para moderar o discurso radical de Humala, a fim de ampliar a base eleitoral do candidato. Até agora o Brasil tinha sido árbitro em vários conflitos regionais, como os havidos entre a Venezuela e Colômbia, a crise interna boliviana e o golpe de estado hondurenho, mas nunca se tinha implicado tão diretamente numa corrida presidencial estrangeira”.

E prossegue: “Os assessores brasileiros Luis Favre e Valdemar Garreta imitaram a chamada estratégia de ‘paz e amor’ ideada pelo especialista João Santana para os comícios de outubro de 2002, nos quais Lula obteve a presidência após três tentativas falidas. A tática foi simples: evitar os confrontos e as propostas radicais para quebrar a resistência à imagem de líder sindical de Lula. Com Humala o trabalho foi mais duro, porque é um ex-militar golpista considerado um discípulo do chavismo.

“‘Eu pensava que Ollanta tinha que começar a campanha fortalecendo sua base de apoio com promessas radicais. Mas os estrategistas brasileiros disseram que teria que fazer o contrário, que era necessário reduzir a resistência ao projeto nacionalista. E tiveram razão’, explica Sinesio López, um colaborador muito próximo de Humala [...].

“O sociólogo conta que os assessores [brasileiros] também sugeriram a Humala que incluísse na sua lista para o Congresso políticos de esquerda moderada. Foi o caso de Javier Diez Canseco, um dos principais opositores do governo Fujimori. O político é assíduo do Fórum de São Paulo, o encontro anual de partidos de esquerda fundado pelo PT em 1990. El fórum inclui todo o arco de grupos, desde os mais radicais aos mais moderados, que governam numa dezena de países da região ou são a principal oposição em outros cinco”.

Resumindo, como em toda a América Latina existe uma franca oposição de fundo psicológico e religioso ao comunismo, o único meio de seus sequazes fazê-lo avançar é pela utilização da arma do engano; ocultando suas reais doutrinas e metas, e fazendo alianças espúrias, tanto políticas, como religiosas, empresariais, sindicais etc.

Mas para quem quiser ver a hidra revolucionária de corpo inteiro, e evitar que através de seu visgo hipnótico dissimulado pela dança lúbrica ela primeiro iluda e depois trague milhões de incautos, é só olhar para o PNDH-3: nele está plenamente consubstanciada, sem maquiagens nem diluições marqueteiras, sua meta última e radical, que o PT e congêneres não perdem de vista e para a qual continuamente tendem.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Bolívia em chamas

A mídia brasileira é de fato curiosa. Faz pouco tempo, num evento internacional, Evo Morales foi sua vedete preferida. Mas agora, quando a Bolívia está deitando labaredas por todos os lados, em decorrência de greves e outras manifestações contrárias ao governo, nosso público está quase ou totalmente desinformado.

É bem verdade que as atuais manifestações poderiam e deveriam ter maior transcendência. Entretanto, muitas delas se relacionam com as necessidades da vida de todos os dias, sem as quais tampouco se faz transcendência...

Com efeito, o que está sobretudo em jogo é uma queda de braço pelo aumento dos salários, com o governo oferecendo até 10%, enquanto os opositores exigem pelo menos 15%.

Todas essas agitações fizeram com que o conhecido jornal socialista espanhol “El País” (12/04/2011) estampasse uma matéria intitulada “A Bolívia vive o maior número de protestos nos últimos 41 anos”.

– O leitor sabia disso?

A notícia inicia-se assim: “O presidente da Bolívia, Evo Morales, vive hoje, do outro lado da cena, o pesadelo dos conflitos sociais, dos quais foi um dos principais protagonistas a partir dos sindicatos cocaleiros, nos primeiros cinco anos da década passada. O que ele ignorava é que não somente iria provar de seu próprio remédio, mas que teria de suportar o maior número de expressões de descontentamento registrado em 41 anos”.

E para mostrar a extensão dos protestos, o jornal informa que de acordo com o Centro de Estudos da Realidade Econômica e Social (CERES), de Cochabamba, em 2010 ocorreram 811 conflitos sociais (greves, protestos de rua, fechamento de estradas ou de vias e rebeliões nas prisões), com uma média mensal de 67 conflitos! E que no primeiro trimestre de 2011 já se produziram outros 240, em comparação com os 207 havidos no mesmo período do ano passado.

– Será que nem o suculento espólio da Petrobrás, consentido prazerosamente por Lula, nem os petrodólares venezuelanos bastarão para tirar do apuro o “companheiro” bolivariano?

Seja como for, ao leitor brasileiro não estão sendo sonegadas tais informações?

domingo, 27 de março de 2011

Guerra santa em plenário

Com o título acima, a jornalista Isabella Souto publicou matéria no "Estado de Minas" (26/3/2011), na qual informa que os vereadores e a população de João Monlevade, a 108 km de Belo Horizonte, estão em pé de guerra após o presidente da Câmara dos Vereadores - um pastor evangélico conhecido por Carlinhos (PV) - retirar o Crucifixo do recinto sob a alegação de que sua presença fere a Constituição.


Já houve por causa disso acaloradas discussões no plenário, cujas deliberações foram momentaneamente interrompidas no dia 23 de fevereiro por uma manifestação popular. Numa faixa podia-se ler: "Católicos se manifestam por Crucifixo. A Comunidade de JM exige respeito pela relíquia da Cruz".


"Uma semana depois - escreve a articulista - uma representante da Paróquia São Luiz Maria de Montfort aproveitou o intervalo da reunião ordinária para encostar um crucifixo no rosto do presidente da Casa. O objetivo, segundo ela, era sensibilizar o parlamentar para que retorne com a imagem de Cristo crucificado".


A matéria informa ainda que alguns padres também entraram na briga, tentando sem sucesso convencer o presidente da Câmara a devolver o Crucifixo. Está circulando na cidade uma carta assinada por sete deles, na qual falam de "intolerância religiosa", e afirmam: "Sim, o Estado é laico, mas não é antirreligioso! Não é confessional, mas também não é intolerante".


Em vista da irredutibilidade do presidente da Câmara, um dos vereadores sugeriu a realização de uma consulta popular. Também está marcada para o próximo dia 6 de abril uma nova manifestação de católicos em frente da Câmara.


O exemplo de intolerância religiosa de João Monlevade é ilustrativo de um dos modos como o PNDH-3 vai gerando seus efeitos: aqui, lá e acolá, Carlinhos há que o vão aplicando, sem que a responsabilidade direta recaia sobre o governo federal.



Representantes de internacional homossexual desembarcam em Brasília


No evidente intuito de pressionar e impressionar, dois expoentes do que se poderia denominar Internacional Homossexual – o deputado espanhol Pedro Zerolo e a deputada federal argentina Vilma Ibarra –, chegarão a Brasília para participar, no próximo dia 29 de março, da sessão da Frente Parlamentar Mista para a Comunidade LGBT, formada por 171 senadores e deputados, visando promover a união civil de homossexuais através de emenda constitucional.


Zerolo, que é secretário de Movimentos Sociais e Relações com ONGs do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), tem encontro marcado com a ministra chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes. Foi durante o governo do PSOE, encabeçado por José Luis Zapatero, que a referida união civil foi implantada na Espanha, no ano de 2005. Estas informações são da Agência EFE.


É bom lembrar aqui o papel “missionário” do governo socialista espanhol no sentido de estender para além-fronteira todas as suas “conquistas” revolucionárias, implantadas na Espanha mediante uma prévia e meticulosa operação de anestesia da opinião pública. É o novo colonialismo, ou transferência de know-how –, que por ser socialista não é criticado pela mídia –, através do qual o PSOE procura repetir de diversos modos análoga transformação em outros países. Por exemplo, as atuais Constituições da Venezuela e do Equador foram escritas por membros de instituições espanholas bafejadas pelo PSOE.



Quanto à deputada argentina, uma notícia que ela certamente escamoteará nos encontros que tiver, é a de que a tal união espúria foi inaugurada de modo inglório no seu país, porquanto na recepção havida pouco depois do “casamento”, um dos “cônjuges” morreu fulminado por um infarto! Sobretudo ela não dirá que foi castigo de Deus.

Le Père Comblin est allé à sa fin

(Para o Padre Comblin chegou o fim)

Sentado, faleceu ontem aos 88 anos, em Salvador (BA), o Pe. Joseph Comblin, um dos próceres da Teologia da Libertação.

Tendo aportado no Brasil em 1958 (ano da morte do Papa Pio XII), na jovem idade de 35 anos, ele se tornaria tristemente famoso uma década depois quando, professor do Instituto Teológico de Recife sob a égide de Dom Hélder Câmara e embalado pelos novos ventos do Concílio, deu a lume o incendiário “Documento Comblin”.

Em tal documento, vazado na imprensa, o sacerdote belga propugnava para o Brasil uma ditadura comunista alavancada pelas famigeradas reformas agrária e urbana, para cujo êxito ele previa o desmantelamento das forças armadas, a distribuição de armas ao povo, a criação de tribunais de exceção para julgar os recalcitrantes, além de uma série de outras medidas radicais.

Esse escandaloso documento deu ensejo ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira de lançar uma das mais memoráveis campanhas da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP). Em mensagem dirigida à S. S. o Papa Paulo VI – e subscrita por 1.600.368 brasileiros de todos os quadrantes e condições sociais –, a entidade solicitava ao Pontífice a adoção de medidas vigorosas e eficazes para fazer cessar a influência comunista nos meios católicos. Um dos slogans bradados então pelos seus jovens cooperadores era: “Veneramos o clero, mas não queremos padres subversivos!”.

Apesar do reconhecido espaço concedido aos leigos na nova era conciliar, não o tiveram esses incontáveis brasileiros; nem sequer na mala diplomática – considerada “pequena” – para fazer chegar ao Vaticano seu angustiado clamor. Entregue finalmente em Roma por outros condutos, apesar da grande repercussão nacional e internacional que teve, a petição caiu no vazio. Enquanto isso a subversão continuou a grassar impunemente, enchendo os ambientes católicos, sobretudo seminários e sacristias.

Umas das alegrias do Pe. Comblin foi certamente a da fundação numa dessas sacristias – no Colégio Sion de São Paulo, mais precisamente –, do Partido dos Trabalhadores, e sua posterior irradiação, sempre com o decisivo concurso eclesiástico, rumo à conquista do Planalto.

Tal concurso reconheceu-o com todas as letras o ex-presidente Lula, na entrevista que concedeu em 9 maio de 2010 ao jornalista Luis Cebrián, diretor-fundador do jornal socialista espanhol “El País”. Disse ele: “O PT não teria existido sem a ajuda de milhares de padres e comunidades cristãs do Brasil, ele deve muito ao trabalho da Igreja, à Teologia da Libertação, aos sacerdotes progressistas. Tudo isso contribuiu para a minha formação política, para a construção do PT e para a minha chegada ao poder. Minha relação com a Igreja católica foi e continua sendo muito forte...”

Se sentado o Pe. Comblin morreu e de algum modo triunfou, de outro lado se pode dizer que durante 53 anos longos anos ele “esperou sentado”... o triunfo de sua revolução. Pois a ela e aos seus próceres o Brasil católico, sensato e ordeiro disse – e continuará a dizer alto e bom som: “Não!”.