quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quando o sapo abre a jaula para a hiena...


Percorrendo a coleção de escritos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, chamou-me a atenção o artigo que sob o título em epígrafe ele escreveu na “Folha de S. Paulo” em 1º de agosto de 1971. Comentava nele a vergonhosa colaboração do então presidente argentino general Alejandro Lanusse – tido por muitos como anticomunista ferrenho – com o marxista chileno Salvador Allende.

À medida que o lia, meu pensamento se transpunha para a realidade nacional, até fixar-se num fato recente: o apoio dado por Abílio Diniz, presidente do grupo Pão de Açúcar, à candidatura de Dilma Roussef.

Se aqui estivesse, o arguto pensador católico brasileiro, utilizando-se da mesma designação que deu então a Lanusse, não hesitaria em chamar tal apoiador de sapo, como se referia àquelas pessoas ricas ou bem situadas que antipatizavam com a TFP e colaboravam com o comunismo. E com quanta razão o faria!

Com efeito, como reiteradas vezes ele demonstrou, a opinião pública brasileira é infensa ao socialismo e ao comunismo. Estes só conseguem alguma coisa em parte por serem favorecidos pela intelligentsia e por certa burguesia sapa, que nutrem simpatias românticas por tais regimes. Mas principalmente pelo decidido apoio da esquerda católica, sobre cujo alcance o próprio presidente Lula deu inequívocas provas na longa entrevista concedida em 9 de maio de 2010 ao jornal socialista espanhol “El País”.

Assim, do mesmo modo que para fazer-se aceitar por uma opinião pública conservadora o ex-sindicalista necessitou do aval de um grande empresário que se tornou seu vice-presidente, também a ex-terrorista, por ele indicada para sucessora, necessita agora de análogo apoio. Para um caso e outro, não faltaram os sapos...

Enquanto isso, diante de uma oposição tímida, indecisa e dividida, a poderosa máquina lulo-petista vai, por meio de gestos de solidariedade com ditadores de todos os quadrantes, de camisa vermelha para lá, vestido vermelho para cá, acostumando paulatina e subconscientemente opinião pública com a cor da indumentária e da ideologia de Hugo Chávez, na esperança de que as urnas eletrônicas finalmente consagrem Dilma Roussef!

Embora eu seja pobre e, sob o ponto de vista material, o que direi de pouco ou nada vale, faço aqui um propósito. Propósito que é um protesto de quem não quer colaborar com o só centavo com aqueles que colaboram com a demolição do Brasil, o qual poderá tornar-se uma imensa Cuba onde rareiam, como nesta, até o pão e o açúcar: nada mais comprar no Pão de Açúcar!