quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio:
Fátima e os erros do comunismo

Os olhares e os corações dos católicos do mundo inteiro se voltam neste dia 13 de Maio para Fátima, onde S.S. Bento XVI, apoteoticamente aclamado em Lisboa, estará para as celebrações do 93º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora a Lúcia, Jacinta e Francisco, aos quais apareceu seis vezes no ano de 1917.

A Santíssima Virgem lhes revelou então que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; que o Santo Padre teria muito que sofrer; que várias nações seriam aniquiladas. Mas que, “por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Os erros do comunismo aí estão, à vista de todos, consubstanciados no laicismo avassalador e ateizante; na impiedade e na imoralidade desbragadas, demolidoras da inocência e do sustentáculo da sociedade que é a instituição familiar; na negação e violação permanente da propriedade privada, corolário da família e indissociável ao progresso; na perseguição implacável e sob diversos pretextos a todos aqueles que se oponham aos seus perversos desígnios.

Coincidência ou não, mas carregado de sentido simbólico, no exato momento em que o Santo Padre se encontra em Fátima, palco de irradiação das proféticas advertências de Nossa Senhora ao mundo, onde se encontra quem decretou o PNDH-3, verdadeiro compêndio dos erros do comunismo? – No próprio foco de irradiação universal deste: na Rússia!

Com efeito, segundo noticiou a imprensa, o presidente Lula viajaria no dia 12 de maio para Moscou, onde se reunirá nos dias 13 e 14 com o presidente Medvedev. No sábado à noite chegará a Teherán, para no domingo reunir-se com o aiatolá Khameinei e o presidente Ahmadinejad.

Após ter condenado – quando Prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé – tanto a teologia da libertação como o comunismo (“vergonha do nosso tempo”), e agora como Papa Bento XVI, acabar de dizer que a terrível crise interna por que passa a Igreja está prevista na Mensagem de Fátima, adquire maior relevância o declarado pelo presidente Lula na entrevista que concedeu a Juan Luis Cebrián, fundador do jornal socialista espanhol El País (09/05/2010):

“O PT não teria existido sem a ajuda de milhares de padres e comunidades cristãs do Brasil, [ele] deve muito ao trabalho da Igreja, à teologia da libertação, aos sacerdotes progressistas. Tudo isso contribuiu para a minha formação política, à construção do PT e à minha chegada ao poder. Minha relação pessoal com a Igreja católica foi e continua sendo muito forte, mas somos um país laico, tratamos a todas as religiões com respeito”.

Declaração cujo alcance ainda melhor se percebe quando se atenta para o que o ex-ministro José Dirceu afirmou ter ouvido de Fidel Castro: este teria evitado muitos erros se na época em que implantou o comunismo em Cuba tivesse contado com a colaboração da teologia da libertação, então inexistente.

Assim, tanto Lula como seu governo – profundamente influenciado pela “Igreja mais progressista da América Latina, provavelmente do mundo”, como consta na referida entrevista – podem e devem ser considerados sob a perspectiva da Mensagem de Fátima.

Porém, eles devem ser instantemente lembrados do que Nossa Senhora também disse: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.

sábado, 8 de maio de 2010

A caminho da ruína

“Uma sociedade imoral ou amoral, que já não sente na consciência e já não demonstra nos atos a distinção entre o bem e o mal, que já não se horroriza com o espetáculo da corrupção, que a desculpa e que a ela se adapta com indiferença, que a acolhe com favor, que a pratica sem perturbação nem remorsos, que a ostenta sem rubor, que nela se degrada, que se ri da virtude, está no caminho da ruína” – Papa Pio XII.

Essas palavras do imortal Pontífice vieram-me à mente enquanto lia a notícia segundo a qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, na edição do “Diário Oficial da União” (04/05/2010), uma súmula normativa obrigando as empresas de seguro e plano de saúde a aceitar parceiros homossexuais estáveis como dependentes.

Tal medida foi acolhida por Tony Reis, presidente da ABGLT – entidade que reúne toda essa categoria de pessoas – como “uma vitória na nossa busca da igualdade”.

Quando Pio XII fala de corrupção, ele não se refere somente àquela com a qual nos deparamos nas páginas dos jornais. Pois a corrupção financeira é apenas uma das manifestações de outra ainda mais grave e profunda, qual seja a ausência cada vez maior na sociedade dos preceitos da virtude cristã e dos valores que lhe são afins.

Sem entrar no mérito da constitucionalidade da normativa da ANS – a Constituição e o Direito Civil só reconhecem as uniões heterossexuais –, o que mais surpreende é o seu caráter imoral, ao determinar que comportamentos contrários à lei natural e à Lei de Deus tenham pleno direito de cidadania, bem ao gosto e ao espírito do PNDH-3!

Enganam-se, portanto – e ludibriam os outros – os que propalam aos quatro ventos que o Brasil está vivendo um vertiginoso progresso. Na realidade, na perspectiva de Pio XII, o País “está no caminho da ruína”, pois sem moral, nenhuma nação ou civilização é capaz de subsistir.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Não ao bloqueio de Honduras!

O governo Lula é tão sôfrego em empreender políticas de esquerda que parece não se dar bem conta das contradições em que incorre.

Assim, vive dizendo que é preciso acabar com o bloqueio da Cuba castrista, mas não exige o fim de seu regime ditatorial e opressor, velho de meio século. Pelo contrário, o enche de benesses e ainda chama de bandidos aos que se lhe opõem!

Ao mesmo tempo, não poupa Honduras com uma ofensiva diplomática com reflexos econômicos através de um autêntico bloqueio que em relação a Cuba simplesmente não tolera.

Então, resumindo: Cuba, apesar de ser uma ditadura comunista de meio século, sem previsão de mudar, não pode ser sancionada; Honduras, país democrático que recusou a imposição de um governo do tipo chavista, deve ser sancionado.

O ódio ideológico do governo brasileiro em relação a Honduras subiu de tom com o epílogo de sua vergonhosa ingerência nos assuntos internos daquele país e as eleições ordeiras e pacíficas ali realizadas posteriormente na presença de peritos internacionais.

A manifestação mais recente desse ódio acaba de dar-se a propósito da nova Cúpula Latino-americana e Européia, para a qual o governo espanhol convidou o presidente eleito de Honduras, Porfírio Lobo. Pois bem, Lula e os presidentes do bloco bolivariano simplesmente rasgaram as vestes, tendo o primeiro afirmado que não participará, caso Lobo confirme sua presença.

Tal conduta da parte de quem se jacta de paladino da não-discriminação constitui um apartheid ideológico que não pode passar sem veemente protesto!


terça-feira, 4 de maio de 2010

Na Espanha, súdito fiel
recrimina o Rei

“Que bom vassalo se tivesse um bom senhor!” – exclamou na longínqua Idade Média o invencível Cid Campeador, fidelíssimo ao seu rei, do qual preferiu fugir para não ser obrigado a lhe dar batalha.

Tal brado de fidelidade há pouco se repetiu na Espanha. Só que partido não de outro guerreiro, mas de uma frágil aeromoça da Ibéria. Seu timbre, contudo, é o mesmo de Cid: o respeito e o acatamento devidos ao rei não eximem a firmeza de princípios – “seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não”.

Perguntará o leitor qual foi o objeto da recriminação da Sra. Belém López Delgado a D. Juan Carlos de Bourbon e como a mesma se materializou.

Foi a recente sanção pelo monarca de uma iníqua lei de aborto reduzindo a idade da mãe para 16 anos e sua prática livre em nascituros de até 14 semanas! Para manifestar sua indignação, a Sra. Belém enviou uma carta ao rei, junto à qual lhe devolvia uma foto com dedicatória que dele recebera por ocasião de um vôo da Família Real a Roma e a qual ela conservava com especial apreço:

“Hoje, sinto-me na obrigação moral de lhe devolver essa fotografia que com tanto carinho e orgulho entesourei, e que, desde então, presidiu um lugar preeminente em minha casa” – afirmou –, para acrescentar que sempre considerou a Monarquia um “importante ponto de equilíbrio e reconciliação para a Espanha”.

“Alguém poderia advertir-me com acerto de que nossa Constituição o obriga [ao rei] a assinar tudo quanto é aprovado pela Câmara de Deputados. Entretanto, da mesma forma como o Sr. soube encontrar habilmente, em outras ocasiões pontuais e não tão distantes, alguns atalhos para contornar assuntos que tampouco contempla a Constituição, poderia ter agora lançado mão desse expediente para evitar esta lei assassina, que ofende a sensibilidade e a dignidade de incontáveis espanhóis”.

A Sra. Belém lembra que a nova lei desampara a mulher, desautoriza os pais das menores grávidas e desvincula os homens de toda responsabilidade, além de “coloca metade da Espanha contra a outra metade”.

Adverte, ainda, que o primeiro-ministro socialista Rodríguez Zapatero demonstrou querer governar só para os seus e “polarizou perigosamente todos os espanhóis, como nunca havia ocorrido na democracia”. Por isso, após reafirmar seu orgulho de ser espanhola, recomenda ao monarca não perder de vista “o dia em que um governo anti-espanhol como o atual puser a Coroa no seu ponto de mira, porque o Sr. Zapatero já demonstrou a inexistência de obstáculo na hora de satisfazer de qualquer modo aos seus”.

E conclui: “Por fim, seria muito de lamentar que ocorresse com a Coroa da Espanha algo parecido com o que motivou Winston Churchill a dizer ao seu opositor Neville Chamberlain: ‘Tínheis que escolher entre a desonra e a guerra... escolhestes a desonra, e ademais tereis a guerra’”.