sábado, 14 de julho de 2012

Ideologia em vez de competência: critério do governo para a importação de médicos cubanos

Isolado na América Latina até o advento do Foro de São Paulo – segundo declarou Lula em vídeo-mensagem à 18ª. versão do referido foro, realizado em Caracas (vide abaixo) –, o regime comunista cubano está em vias de “exportar” para o Brasil, entre janeiro de fevereiro de 2013, nada menos que 1.500  médicos, para atender às regiões do interior do País. A escolha dessa data teria sido para não repercutir no resultado das eleições municipais de 2012.


O principal “mercado consumidor” de tais médicos – cuja capacidade para o exercício da profissão é mais do que duvidosa, como se verá, ao passo que sua formação ideológica não deixa lugar a nenhuma dúvida – foi até o momento a Venezuela chavista, onde não se sabe bem até que ponto eles se restringiram a simples atendimentos médicos e com que resultados.

Contudo, nos termos do referido vídeo-mensagem de Lula, no qual ele se jacta da militância hegemônica do PT e de seus aliados cubanos e bolivarianos para a implantação da “democracia” em todo o continente latino-americano (a Alemanha comunista também se chamava República Democrática Alemã – DDR), a pergunta que se depreende é se os tais 1.500 médicos não serão agentes comunistas destinados a colaborar na consecução de tal fim.

Tanto mais quanto ficou patente aos olhos de todos a inconformidade do bloco petista-bolivariano em face do impeachment inteiramente legal do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, a exemplo do que ocorrera em Honduras em relação a Manuel Zelaya, quando o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou que era algo inadmissível, porque a direita não podia ter mais vez na América Latina. Que democracia sui generis é essa, que só admite a esquerda?

Existe grande preocupação de que Hugo Chávez não se reeleja pela terceira vez ao cargo (sua nova candidatura foi obtida graças a mudanças arbitrárias feitas por ele na Constituição, sem que a esquerda protestasse – a mesma esquerda que gritou furiosa quando Álvaro Uribe quis fazer o mesmo na Colômbia, só que com fortíssimo respaldo popular) –, e foi para evitá-lo que o internacionalismo petista deslocou para a Venezuela a equipe de marketing de João Santana, sob os protestos da opinião pública, que reclama de interferência externa.

Não se sabe se além do João marqueteiro e de outro João – o “João de Deus”, curandeiro goiano que teria viajado à Venezuela em avião da FAB para tratar de Chávez –, a solidariedade petista enviará também, a exemplo do que ocorreu nas eleições anteriores do período chavista, as urnas eletrônicas brasileiras, as quais, não se sabe bem por que, Hugo Chávez, responsável pelo “excesso de democracia” em vigor na Venezuela, como disse Lula, quis introduzir sorrateiramente em Honduras antes da queda de Zelaya.

Voltando ao tema de Cuba – para cuja sobrevivência o regime chavista foi até aqui imprescindível –, cumpre lembrar que tudo, menos a “exportação” de médicos, poderia ser o resultado imediato da vultosa soma de dinheiro destinada pelo governo da presidente Dilma para a reforma do Porto de Mariel.

Para o leitor aquilatar a qualidade do “produto” a ser importado pelo governo petista, finalizo transcrevendo estes dois trechos de um artigo publicado por “O Estado de S. Paulo” em 3 de janeiro de 2011, sob o título de “Médicos reprovados”:

“Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras. Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.

“[...] As faculdades cubanas – a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana – são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos. Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizações indígenas enviaram para lá 36 jovens índios.”

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Enquanto as FARC rearticuladas atacam, seus opositores militares purgam na cadeia!



A Colômbia sob o governo de Álvaro Uribe era o único país latino-americano que vinha tomando uma atitude firme e coerente em face da subversão comunista coadjuvada pelo bloco bolivariano, travando contra as FARC uma vitoriosa guerra, em visível contraste com a política entreguista e concessiva dos governos anteriores.

Contudo, colaboradores da narcoguerrilha aninhados em movimentos de direitos humanos e Ongs da mesma orientação, prevalecendo-se de uma brecha deixada por Uribe – a transferência do foro militar para a alçada civil – vêm obtendo das instâncias judiciais a prisão de milhares de militares, acusando-os da prática de crimes diversos.

Entre eles encontra-se a elite das Forças Armadas, cujos membros são detentores de uma inigualável folha de serviços prestados à Colômbia e, por consequência, ao continente. Assim, nada menos que seis generais, trinta coronéis, centenas de oficiais e suboficiais figuram entre os 2.420 militares atualmente presos.

Estão, por exemplo, nessa situação, o general Del Río e o coronel Plazas, ambos da reserva. O primeiro foi o mais destacado comandante militar colombiano na luta contra a subversão, tendo sido destituído pelo governo claudicante do ex-presidente Andrés Pastrana por imposição das FARC. E o segundo ficou imortalizado pela sensacional invasão e resgate, em 1985, do Palácio de Justiça (foto acima), ocupado por terroristas do M-19. Enquanto o general Del Río aguarda na prisão há cinco anos por julgamento, o coronel Plazas foi recentemente sentenciado a pagar 30 anos de reclusão por conta de uma acusação cujo autor se desconhece...

Figuram ainda, entre os presos, um coronel que foi um dos militares mais condecorados, considerado um dos maiores oficiais colombianos de todos os tempos (na prisão há cinco anos aguardando julgamento), e o major responsável pela organização e execução da espetacular Operación Jaque (xeque-mate), em decorrência da qual foram libertados, sem necessidade de um só tiro, Ingrid Bettancourt e diversos reféns da narcoguerrilha farcista.

Enquanto defensores da Pátria são assim jogados inexoravelmente nas prisões, ex-guerrilheiros ocupam cada vez mais posições de destaque no cenário político, chegando alguns deles à desfaçatez de propor o desarmamento das pessoas honestas. E os ataques terroristas crescem ao mesmo tempo em todo o país, um dos quais foi perpetrado recentemente em movimentada artéria de Bogotá, ceifando a vida de dois guarda-costas do ex-ministro da Justiça, Fernando Londoño, ferindo a este e diversas pessoas do público.

A ofensiva contra as Forças Armadas adquiriu tal proporção que “El Tiempo”, o principal jornal colombiano, noticiou em sua edição de 25 de junho de 2012, que dos 2.420 militares atualmente presos, somente 16% foram julgados. E que outros cinco mil encontram-se sob investigação. Mas que os atualmente presos que assinarem um termo de aceitação prévia de culpa – de acordo com o referido jornal, 2.200 já o fizeram – terão suas penas mitigadas.

Segundo o jornal, essa clamorosa situação levou o presidente da Associação Colombiana de Oficiais da Reserva, general Jaime Ruiz, a declarar: “Os militares não estão combatendo. Como o país se encontra hoje e com as garantias que está dando a seus soldados, não vale a pena defendê-lo”. A esta declaração – que ele diz traduzir o pensamento dos oficiais da ativa que não podem falar – soma-se uma dura carta enviada pelos militares da reserva ao presidente Juan Manuel Santos, na qual a certa altura dizem: “A Colômbia é o único país do mundo que enfrenta um conflito armado com legislação de paz e sem foro militar”.

“El Tiempo” conclui: “O certo é que muitos dos militares que ontem foram heróis públicos hoje estão na iminência de passar a metade de suas vidas na cadeia”.

Nossa conclusão é que, em nome dos “direitos humanos”, está sendo sacrificada a liberdade não só de valorosos militares injustamente punidos por terem ousado punir a subversão em defesa da Pátria ameaçada, mas a de 45 milhões de colombianos agredidos pelas FARC e que consideram suas Forças Armadas como a instituição de maior credibilidade do País.