quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Papa Bento XVI a Bispos brasileiros:
“Não devemos temer a oposição e a impopularidade”

Falando no Vaticano na manhã desta quinta-feira (dia 28/10) para os bispos do Regional Nordeste V da CNBB, o Papa Bento XVI, sem se referir em qualquer momento ao III Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) nem ao segundo turno da eleição presidencial do próximo domingo, entretanto lhes recordou o dever de emitir juízos morais, mesmo em matérias políticas.

Tal pronunciamento não pode deixar de ser interpretado como uma aprovação implícita do Pontífice às recentes atitudes de alguns prelados, em particular de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo de Guarulhos, e Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, que ao lado de outros bispos fizeram severos reparos ao PNDH-3 e à candidata da situação por seu apoio ao aborto e ao “casamento” homossexual, entre outras coisas.

“Portanto - afirmou o Pontífice - seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural”.

Mais adiante, citando o aborto e a eutanásia, disse: “Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só e verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases”.

E acrescentou: “Portanto, caros irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo”.

Referindo-se aos símbolos religiosos, cuja proibição está prevista no PNDH-3, afirmou o Pontífice: “Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte da sua história”.


D. Luiz Gonzaga Bergonzini,
Pastor destemido da Santa Igreja






O que sucede com as ovelhas cujos pastores negligenciam o seu cuidado? Tornam-se presas fáceis dos lobos. Tal era a situação em que se encontravam de modo geral os católicos brasileiros diante de leis hostis à doutrina e à moral da Igreja com as quais se vinham defrontando.

Leis que subiram de tom com a publicação, em 21 de dezembro de 2009, do famigerado III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), súmula de um sem-número de aberrações propostas pelo governo lulo-petista que se postas em prática desfigurarão para sempre a fisionomia da Terra da Santa Cruz.

O opressor silêncio no qual as consciências católicas se encontravam cedeu lugar a um frêmito de júbilo a partir do momento em que, da Diocese de Guarulhos, elevou sua voz o zeloso Pastor de almas Dom Bergonzini, para sem destemor proclamar sua inconformidade com quanto o atual governo vem empreendendo de contrário às leis e à moral da Santa Igreja, de modo especial no tocante ao crime nefando do aborto.

Mas Dom Bergonzini não se deteve aí. Coerente com o ensinamento segundo o qual importa “obedecer a Deus antes que aos homens”, não se cingiu em denunciar teoricamente o mal, como soem fazer muitos dos que imaginam combatê-lo com circunlóquios ou lugares comuns; mas com coragem deu nome aos bois e indicou o antídoto: não apoiá-los por ocasião das presentes eleições!

Indo além na sua coerência, não se deteve nas palavras; cônscio de sua responsabilidade pelas almas diante de Deus e, como Bispo, de sua submissão unicamente ao Vigário de Cristo, julgou por bem ir aos fatos: fez circular amplamente na sua diocese panfletos idôneos alertando os fiéis para os perigos que o sufrágio da candidata do PT à Presidência lhes acarretaria, uma vez que tal partido é o principal responsável pelos erros condenados pela doutrina católica.

Nem a ameaça de morte que recebeu, nem a sanha da Inquisição petista que em auto-de-fé da teologia da libertação lhe confiscou os exemplares, nem as injustas e descabidas invectivas do Bispo de Jales, Dom Demétrio Valentini, que como ferrenho adepto do PT desobedece a Deus apoiando um partido cujas doutrinas são contrárias às divinas, conseguiram demover Dom Luiz Gonzaga Bergonzini do seu dever de Pastor. Que Deus o guarde e dê forças!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

UNIÃO SAGRADA

Ninguém pode pretender acusar de ação partidária em favor de determinado grupo político um grande movimento de salvação nacional nos moldes de uma União Sagrada que conclamando as pessoas a deixarem em quarentena comodidades, rivalidades e preferências pessoais, as irmanem num só corpo e numa só alma para juntas conjurarem um grande perigo.

A gravíssima situação por que passa nos presentes dias o Brasil está a exigir de nós semelhante conclamação. Pois, sobretudo após a publicação do III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), para mais ninguém constitui segredo as afinidades do governo lulo-petista com o regime nazi-fascista anticristão, cujas cumplicidades por sua vez com o comunismo ateu não se restringiram ao mero terreno doutrinário...

Importa mais do que nunca compenetrarmo-nos de que no segundo turno está em jogo não somente os funestos desdobramentos da questão interna brasileira a que o PNDH-3 dá ensejo, mas também a do continente latino-americano tão infestado por adeptos do bolivarianismo chavista, que juntamente com o Brasil constituem a “menina dos olhos” da debilitada esquerda internacional que sobre eles deita suas derradeiras esperanças de ressurgimento.

Não é à toa que esforço midiático idêntico ao empregado pelas suas tubas mentirosas para viabilizar a vitória do tão prematuramente decrépito presidente Obama continua sendo envidado para tecer loas ao presidente Lula, na tentativa de manter seu partido no poder pela atribuição ao seu chefe de uma popularidade na qual só ele parece de fato acreditar e que se fosse verdadeira não haveria segundo turno. Desconfiemos, pois, das pesquisas, uma vez que não é só no Brasil que elas “elegeram” presidentes finalmente derrotados...

Longe estamos de afirmar que, também de esquerda, José Serra seja o candidato ideal. Mas à falta de outra opção – triste situação à qual nos empurraram injunções do atual sistema político-partidário –, esta União Sagrada conclama todos aqueles em cujo peito o amor à Pátria arde acima das comodidades, dos interesses ou diferenças pessoais, a que evitem agora o mal maior constituído pelo nefasto governo lulo-petista que ameaça nos empurrar para um regime socialo-comunista, pois do mal menor cuidaremos no momento oportuno!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dos Estados Unidos, um exemplo para o Brasil e o mundo

É sabido que em 1917, nas aparições de Fátima, Nossa Senhora transmitiu ao mundo inteiro, através dos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, seu pedido de oração, penitência e emenda de vida, como condição para Deus não punir com severos castigos a humanidade pecadora.

De lá para cá, infelizmente, os homens não deram ouvido aos maternais e dolorosos apelos da Santíssima Virgem, e se entregaram ao gozo despreocupado da vida neopagã. Basta comparar os modos de ser, expressar-se e vestir-se de 1917 com os de hoje, para nos darmos conta do abismo no qual nos encontramos.

Avançando um pouco no tempo, se há cinqüenta anos uma neta comentasse com a sua avó que ela pensava em usar trajes como os de hoje, seria duramente censurada e objeto das maiores preocupações de toda a família. Entretanto, todo mundo hoje – inclusive a avó – tende a achar isso coisa mais normal...

O que mudou, então? A moral, ou as pessoas?

Evidentemente as pessoas, que embaídas pela malfadada “evolução” em nome da qual todos os absurdos são praticados e justificados, os vão aceitando sem resistência. Preferem isso a serem marginalizadas – propriamente discriminadas – e chamadas de retrógradas.

Mas, para enfrentarmos obstáculos deste porte e “obedecermos antes a Deus que aos homens”, cumpre rezarmos, como Nossa Senhora nos indicou. A oração, de modo especial o Santo Rosário, nos dá forças para enfrentar vitoriosamente todos os obstáculos e proclamar com destemor os princípios e a moral católicos.

Tanto mais quanto, na direção do Brasil e do mundo – que tanto sofreram, durante várias décadas, a influência revolucionária proveniente do cinema e dos modos de ser libertários de Hollywood e do American way of life – sopra hoje uma lufada benfazeja de ventos da graça, oriunda dos mesmos Estados Unidos e em sentido diametralmente oposto ao do passado.


Com efeito, por meritória iniciativa da American Society for the Defense of Tradition, Family and Property (TFP), vem-se realizando anualmente naquele País a recitação pública do Rosário, reunindo uma verdadeira multidão se considerada globalmente.

No dia 16 do corrente mês de outubro, como se pode ler no site da entidade, tal exemplo de proclamação pública da Fé e ausência de respeito humano se fez sentir em nada menos que 5.963 lugares, reunindo um total de 150 mil pessoas! Se atentarmos para o fato de que o Brasil possui 5.564 municípios, seria como se em cada uma de nossas cidades se recitasse publicamente o Terço no mesmo dia e na mesma hora. E sobrariam ainda quase 400!

Quantas graças não seriam assim atraídas para o Brasil e os brasileiros?

Imagino quantos adeptos inveterados do laicismo consubstanciado no PNDH-3 bradarão indignados contra este espetáculo, tachando-o de fanatismo religioso. No entanto, estou certo de que eles não têm a mesma indignação quando lêem que nos próprios países europeus, no mês do Ramadã, os muçulmanos interrompem cinco vezes ao dia suas atividades para rezarem a um falso deus.
A Rússia empreende um vasto
programa de privatizações

De acordo com notícia da AFP veiculada pelo jornal “Le Monde” (20-10-2010), o vice-primeiro ministro russo, Igor Chouvalov, anunciou nesta quarta-feira, 20 de outubro, que o governo russo aprovou um programa de privatizações num montante estimado de 42 bilhões de euros (96 bilhões de reais) em cinco anos. A lista compreende novecentas empresas, entre as quais figuram a petroleira Rosneft, o banco semi-estatal Sberbank, ou ainda o banco estatal VTB, o segundo do país em termos de ativos. “Segundo os dados preliminares, graças à realização do programa de privatizações, o governo poderia receber 1.800 bilhões de rublos” (42 bilhões de euros), declarou o Sr. Chouvalov, citado pela agência Ita-Tass.

A lista apresentada hoje, que compreende as empresas consideradas estratégicas, deverá ainda ser assinada pelo presidente Dmitri Medvedev. Relativamente ao grupo Rosneft, o governo russo está pronto para vender 15% das ações nos próximos cinco anos e a perder seu controle após 2015. Para a sociedade das ferrovias russas, a RJD, Moscou pretende entre 2013 e 2015 vender no mercado 25% menos uma ação. No tocante ao Sterbank, pretende reduzir a participação do banco central russo (BCR) entre 2011 e 2014, indicou o Sr. Chouvalov, sem dar mais detalhes sobre o pacote de ações que será posto à venda. Por fim, o vice-primeiro ministro confirmou a vontade do governo de vender 10% dos ativos do banco VTB em 2010, de se separar ainda de um pacote de 10% em 2011, e de outra parte compreendida entre 10% e 15% em 2012.

No fim de julho, as autoridades russas haviam anunciado o estabelecimento de uma lista de empresas estatais ou semi-estatais que serão parcialmente postas à venda entre 2011 e 2013. Esta nova onda de privatizações, a maior depois dos anos 1990, tem por objetivo contribuir para a modernização do país e controlar seu déficit orçamentário.

* * *

Como se vê – comentamos –, através destas privatizações a Rússia pelo menos não se envergonha de implicitamente reconhecer que a estatização socialista levada a cabo durante 70 anos pelo regime comunista foi causadora da ruína econômica do país, nem de que a sua recuperação só é possível com o recurso à livre iniciativa e à propriedade privada.

Que o exemplo russo sirva de lição aos socialistas tupiniquins ainda aferrados às teorias marxistas desastrosas e obsoletas!

A responsabilidade da CNBB

No Capítulo II de seu importante livro Projeto de Constituição angustia o País ("Catolicismo", Edição Extra, outubro de 1987 - 210 páginas), o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira trata dos "Requisitos para a representatividade de uma eleição: democracia-com-idéias e democracia-sem-idéias".
Por oportunos, transcrevo abaixo os tópicos 4 e 5 do referido capítulo.
4. Formação das correntes de opinião na fase pré-eleitoral
A fase pré-eleitoral – na qual a opinião pública de países insuficientemente politizados começa a despertar um pouco de seu pesado letargo político – é entre nós a mais adequada para ela tomar conhecimento dos problemas coletivos. Nessa etapa, ela vota uma atenção algum tanto maior a esses problemas, os discute, e se divide em correntes ou tendências de opinião opostas, ou pelo menos diversas. Em conseqüência do que, nas épocas em que há eleições à vista, as circunstâncias se tornam mais favoráveis a que tais correntes ou tendências façam a propaganda de seus programas, e de seus candidatos, para efeito de obter o voto dos eleitores.
Mas – perguntará alguém – como alcançar que os problemas reais do Brasil venham à tona no debate pré-eleitoral, e que por eles se interesse a opinião pública, se bem que sejam freqüentemente complexos, profundos, e portanto áridos para o eleitor comum?
Já se aludiu anteriormente (cfr. Tópico 2 deste capítulo), à missão das grandes instituições sociais, em tal matéria. Convém tratar mais especialmente de duas delas.
5. Mais do que ninguém, a CNBB poderia contribuir para despertar o gosto dos temas sérios e profundos
Em primeiro lugar, cumpre ressaltar o papel de uma instituição de importância ímpar, ainda mesmo nos dias que correm, isto é, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Este organismo episcopal se vem utilizando do enorme prestígio – do qual gozou antes de eclodir a atual crise na Santa Igreja, e que, em certa medida, ainda conserva – para modelar a seu gosto a opinião pública, no tocante a determinados problemas sócio-econômicos de relevo. Entretanto, com isto tem ele relegado para segundo plano uma série de temas de primordial importância religiosa e moral no que diz respeito, não só ao bem comum espiritual, como ao bem comum temporal.
Essa inversão de valores é gravemente responsável pelo minguamento progressivo do prestígio da CNBB.
Fizesse ela cessar essa inversão, e reprimisse eficazmente tantas extravagâncias e abusos que, sob a ação da crise na Igreja, se tem alastrado no Brasil como alhures, e esse prestígio poderia voltar ao seu primeiro esplendor.
Esta terra “em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo”, escreveu Pero Vaz de Caminha a D. Manuel I, Rei de Portugal. Esta frase tão saborosa, alusiva ao solo brasileiro, poder-se-ia aplicar com mais veracidade ainda ao espírito nacional: “querendo-o aproveitar, dar-se-á nele tudo”, desde que nele se plante a semente inapreciável da verdadeira pregação evangélica, sem eiva de outras sementes incompatíveis com essa.
Não há o que a influência sobrenatural da Santa Igreja Católica não possa fazer para o bem, não só espiritual, como ainda intelectual e moral dos povos que para ela se abram.
Mais do que ninguém pode a Santa Igreja criar por esta via, no Brasil, as condições ambientais e psicológicas que dêem àqueles dos brasileiros que disto careçam, o gosto da observação, da análise e do debate de temas sérios e profundos, sobre os quais devem pronunciar-se no regime da democracia representativa.

Chávez, ETA e FARC


Em artigo publicado no Blog Regards latinos, do jornal francês “Le Figaro”, Patrick Bèle comenta que a presença na Venezuela desde 1989 de Arturo Cubillas, membro da organização terrorista espanhola ETA, está causando problemas no relacionamento da Espanha com a Venezuela. Cubillas pertencia ao Comando Oker da ETA, tendo sido extraditado para a Venezuela mediante entendimento do então primeiro-ministro socialista espanhol Felipe González com o presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, após fracassarem as conversações de paz do governo espanhol com a ETA

Suspeito de ter cometido três assassinatos na Espanha, Cubillas casou-se com uma venezuelana, cuja nacionalidade adotou. Hoje ele ocupa um importante cargo no Ministério da Agricultura: chefe de segurança do Instituto Nacional da Terra (INTI – o INCRA de lá), coordenando a expropriação das terras ditas improdutivas. Desde a ascensão de Chávez, em 1999, mais de 40 mil propriedades já foram expropriadas.

Cubillas voltou a chamar atenção há algumas semanas, quando dois membros do Comando Imanol da ETA, Xabier Atristain e Juan Carlos Besance, presos em setembro no País Basco, declararam às autoridades que participaram de um treinamento em manuseio de armas e explosivos na Venezuela, em julho e agosto de 2008.

Ambos afirmam que Arturo Cubillas lhes serviu de guia durante a estadia na Venezuela e os ajudaram a passar sem dificuldade pelas barreiras policiais. O treinamento deles se realizou na companhia de membros das FARC colombianas. A informação incomodou muito, não somente as autoridades venezuelanas, mas também o governo espanhol do socialista Zapatero, que vem sendo muito criticado pela direita de excessivamente tolerante em relação ao governo venezuelano.

Zapatero pediu à Venezuela para, num gesto de boa vontade, afastar Cubillas de suas atuais funções, mas Hugo Chávez se fez de desentendido. E pelo visto só para constar, Cubillas foi ouvido há uma semana por um juiz durante 15 minutos, desconhecendo-se o teor da audiência.

Cerca de 60 terroristas da ETA, a maioria deles supostamente aposentada, estão na Venezuela desde os anos 60. É mais do que provável que eles mantêm relações constantes com as FARC colombianas. Reiteradas vezes a Venezuela foi acusada de abrigar acampamentos da guerrilha. Os dois guerrilheiros presos na Espanha narraram suas “férias” nos acampamentos das FARC, onde intercambiaram experiências no manuseio de armas e explosivos. O caso Cubillas permite àqueles que acusam Caracas de ajudar as FARC e a ETA, de manter a atitude de suspeita em relação ao governo venezuelano.

sábado, 16 de outubro de 2010

Central nuclear russo-venezuelana gera preocupação

Em fins de 2009, bem próximo de nós, uma frota da marinha de guerra russa dotada com ogivas nucleares efetuou longas e vistosas manobras conjuntas com a Venezuela. Agora, em Moscou, Hugo Chávez acaba de assinar com o presidente Dimitri Medvedev um contrato para a construção de uma central nuclear em território venezuelano. “Com fins pacíficos”, afirmou Chávez após a assinatura, acrescentando que logo virão denúncias de que a Venezuela está se armando para ameaçar outros países.

“Excusatio non petita, accusatio manifesta” – Na escusa não pedida está manifesta a acusação... É só pensar nas reiteradas ameaças feitas por Chávez à Colômbia quando do bombardeio ao acampamento de Raúl Reyes, inclusive com deslocamentos de tropas para junto da fronteira do país vizinho; ou aos bolivianos, quando estes ameaçavam depor Evo Morales; ou ainda em relação a Honduras, que resistiu heróica e vitoriosamente a Chávez e aos seus comparsas para não se transformar em outro protetorado bolivariano.

Isso para não falar da intromissão de Chávez na política interna dos demais países, como a Bolívia, o México e o Peru. A mais recente delas foi sua ostensiva e entusiasmada propaganda da candidata petista Dilma Roussef, prenhe de elogios à “companheira”.

O acordo nuclear com a Rússia não pode deixar de causar preocupação, sobretudo tendo-se em vista o estreito alinhamento do governo venezuelano com o regime terrorista iraniano, e o de ambos com o brasileiro.

Tal cenário foi certamente o que levou Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano, a declarar que os EUA vigiarão “muito de perto” este acordo, esperando que tanto a Rússia como a Venezuela “assumam as obrigações internacionais” que o uso dessa tecnologia acarreta.

“É uma declaração insolente. Nosso país tem o direito de desenvolver como qualquer país do mundo a energia nuclear como energia alternativa, como energia do futuro para uso pacífico”, reagiu o chanceler venezuelano Nicolas Maduro falando à televisão estatal VTV de Belarius, o destino seguinte de Chávez depois de Moscou.

Que todo país civilizado tenha direito a desenvolver tecnologia nuclear com fins pacíficos, ninguém o nega. A questão é quando ela é posta nas mãos de ditadores cujos atos e intenções são do conhecimento de todos.
“Submundo religioso”

O presidente Lula voltou a ofender os católicos ao dizer em São Miguel Paulista que o “submundo religioso” tem promovido incessantes ataques a Dilma Roussef.

Ora, tais ataques – sempre baseados em declarações feitas pela própria candidata – provieram de bispos, sacerdotes e fiéis católicos, bem como de membros de outras religiões. E não se cingiram nem foram feitos principalmente contra a candidata, mas contra as ameaças contidas no PNDH-3, que o atual governo quer impingir ao Brasil.

Com que autoridade vem o senhor presidente – que numa de suas incessantes viagens foi procurar os serviços de um feiticeiro de país africano para “fechar o corpo” – colocar no “submundo religioso” prelados, sacerdotes e fiéis católicos? Será pelo fato de eles se oporem ao seu programa de implantação de um regime comunista no Brasil através do PNDH-3?

E Lula ainda vem falar de “submundo religioso” ao lado de quem? Nada menos do Pe. Júlio Lancelotti, sacerdote de esquerda que prestigiando o evento com outros religiosos também discursou e afirmou que a presença dos religiosos era para “afastar o demônio da calúnia e da mentira”. – Talvez o mesmo demônio que há poucos anos o levou a ser afastado da direção de uma instituição por estar salpicado de escândalos com jovens carentes que lhe extorquiam dinheiro como condição para não dizerem o que se passaria entre eles. Naquela ocasião, Lula saiu em sua defesa. Naturalmente porque o Pe. Lancelotti não faz parte do “submundo religioso”...

Com essa declaração – a exemplo do acontece com Hugo Chávez e demais líderes da corrente bolivariana – fica claro que também para Lula a religião só faz sentido se estiver a serviço dos seus desígnios.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

“Atestado de Bons Antecedentes”

Universalmente conhecido, o Atestado de Bons Antecedentes é conferido pela autoridade policial competente àqueles que dele necessitam para diversos fins, e no qual a referida autoridade atesta nada constar nos seus registros de contrário à vida ilibada do solicitante.

Eis, contudo, um inusitado “Atestado” que me caiu nas mãos, através do qual o ex-terrorista e prócer da Teologia da Libertação frei Beto, amigo de Fidel Castro e defensor do regime cubano, dá fé dos bons antecedentes da ex-terrorista e candidata petista à Presidência da República, Dilma Roussef.

A veracidade de suas afirmações conferirá por certo com a dos Atestados que os chefes dos sovietes previstos no PNDH-3 darão aos seus “companheiros” em caso de necessidade. Em todo caso, de posse do mesmo, Dilma poderá talvez até lê-lo nas entrevistas e nos comícios, tanto mais quanto ele procede de um religioso...

Mas pasmem, pois além de chamar a atenção dos bispos que ousam criticar a Dilma por ser abortista, frei Beto – com o mesmo desembaraço com o qual a candidata imagina enganar a opinião pública desdizendo-se de afirmações anteriores – escreve que tais acusações provêm de uma “campanha difamatória – diria, terrorista”!

Ainda no afã de tentar inocentar Dilma, agora da pecha de “marxista atéia”, frei Beto diz que ela nunca o foi porque na prisão “participava de orações e comentários do Evangelho”. Teria sido preciso ele dizer quais eram essas orações e qual o teor dos comentários. Se não era o Pai Nosso blasfemo que ele andou publicando nos jornais e se os comentários não incluíam, por exemplo, a blasfêmia tão repetida pela esquerda, de que Jesus Cristo foi o primeiro comunista.

Mas o ateísmo já não é mais apanágio do comunismo de hoje. Ele o deixou para uso de alguns neoliberais que simpatizam com sua doutrina... O new-look do comunismo reproduziu-o José Dirceu quando afirmou ter ouvido de Fidel Castro que se este tivesse conhecido a Teologia da Libertação há mais tempo, a Revolução Cubana não teria incidido em tantos erros. Com isso Fidel quis significar que agir com a pecha de católico – como o fazem os adeptos da TL – é muitíssimo mais eficaz para a causa comunista que na condição de ateu. – Que o diga o próprio frei Beto.

P.S.: Como frei Beto é partidário do miserabilismo cubano, estou certo de que não me chamará de terrorista se lhe retiro um dos tês do apelido, por ser supérfluo. E sugiro à Folha a fazer o mesmo.

Folha de S. Paulo, domingo, 10 de outubro de 2010

Dilma e a fé cristã
Frei Betto
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em BH. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de “marxista ateia”.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, nos dois anos em que participei do governo Lula. Posso assegurar que não passa de campanha difamatória — diria, terrorista — acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Brasil, Terra da Santa Cruz

“Águas são muitas; infindas. E em tal maneira [esta terra] é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar”.

As inspiradas palavras de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel sobre a nova descoberta da coroa portuguesa constituem uma demonstração da vocação providencial do Brasil. E chamavam a atenção para o principal trabalho a ser feito: “salvar esta gente”. Neste intuito, apenas aportada, o primeiro ato da expedição cabralina foi mandar celebrar a Santa Missa.

A coroa portuguesa assim agiu porque estava imbuída da noção, ensinada pelo Divino Mestre, de que importa procurar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, pois tudo mais nos será dado por acréscimo. E, pelas mil vicissitudes pelas quais desde então passou o Brasil, esta inspiração primeira nunca deixou de nortear – em grau maior ou menor – os rumos da Nação.

Mas eis que, de uns tempos para cá – com os holofotes da mídia nacional e internacional assestados permanentemente sobre quem o diz, atribuindo-lhe uma popularidade que o povo desconhece – se vem falando com jactância e insistência que “nunca antes neste País” se opera uma mudança sem precedentes nos últimos 500 anos. Ao mesmo tempo, vizinhos nossos da Venezuela, Equador e Bolívia também falam com análoga insistência de uma enigmática refundação de seus países.

Refundar – o próprio verbo o indica – é tornar a fundar algo previamente fundado. Ora, tanto o Brasil como as nossas simpáticas nações vizinhas já o foram quando de suas respectivas descobertas e colonizações. Mas como elas se deram sob o signo da Cruz, tratar-se-ia pelo visto de fazer cessar a influência da religião para substituí-la por outra.

A chave dessa refundação estaria delineada no PNDH-3, cuja radicalidade, abrangência e animadversão religiosa o levaram ao extremo de proibir a ostentação de símbolos cristãos (no que ele é coerente com declarações dos presidentes dos mencionados países vizinhos, que não se pejam em afirmar que a Igreja Católica não deve ter lugar ao sol).

Muito além, portanto, do aborto, do “casamento” homossexual, da legalização da prostituição ou dos atentados ao direito de propriedade – para só citar estas aberrações contidas no PNDH-3 –, é toda a concepção cristã da sociedade que se quer extinguir, para substituí-la por outra que só pode ser a da fracassada sociedade atéia e igualitária do comunismo!

Mas artifício ou poder algum da terra poderá contra Aquele que esculpiu a Cruz no nosso céu. E que do alto do Corcovado nos abençoa e protege – desdenhoso para com as sombras com que o foco da ignomínia tenta inutilmente neste instante empanar Sua glória inatingível e imortal!




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Golpe em braço político das FARC








Em novo golpe contra a subversão – desta vez político – a Procuradoria Geral da República da Colômbia cassou hoje, 27 de setembro, o mandato da senadora Piedad Córdoba (foto), tornando-a inelegível por 18 anos para qualquer cargo público. A decisão é passível de recurso.

A medida deveu-se aos vínculos que a senadora mantinha com a narco-guerrilha das FARC, os quais se tornaram patentes após a apreensão de documentos contidos nos computadores do guerrilheiro Raúl Reyes, morto em combate em 2008.

Piedad Córdoba é também muito chegada ao venezuelano Hugo Chávez, com o qual manteve reiteradas conversações para juntos intermediarem a libertação de reféns da guerrilha. Mas os referidos documentos de Raúl Reyes mostraram que muito mais que meros negociadores ambos eram cúmplices da narco-guerriha farcista, a qual Chávez ajudava com armas, enquanto a senadora o fazia através da política.

Embora tardia, a oportuna medida da Procuradoria Geral da República cassando os direitos políticos de Piedad Córdoba desagradará por certo a Hugo Chávez, do mesmo modo como lhe desagradaram as morte de Raúl Reyes (com a incômoda documentação deixada nos computadores) e Mono Jojoy – cuja herança informática promete ser ainda mais polpuda.

Sobrarão também agora algumas chispas desagradáveis para o PT, como a revista colombiana “Cambio” afirmou haver nos computadores de Raúl Reyes, em matéria publicada na ocasião? Enquanto isso o ex-padre Oliverio Medina, embaixador das FARC no Brasil, continua comodamente instalado entre nós com a sua companheira, funcionária do Ministério da Pesca.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010





Novo Exército homossexual







Importante general chama soldados cristãos de fanáticos


Em incisivo editorial com o título acima, “The Washington Times” (16/09/2010) comentou que nesta semana Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, iniciaria a defesa de um novo projeto visando derrubar a lei conhecida como “Don’t ask, don’t tell” [não pergunte, não diga], em vigor a partir do governo Clinton, pela qual os homossexuais em serviço militar não podem ser perguntados a respeito de seu comportamento nem são obrigados a confessá-lo.
No mesmo sentido, falando no mês passado para várias centenas de militares americanos no Quartel-General do Comando Europeu em Sttutgart, Alemanha, o general Thomas P. Bostick, vice-chefe do Departamento de Pessoal do Exército (foto), comentou favoravelmente o projeto, afirmando que se o mesmo for aprovado, os opositores da agenda lésbica, homossexual, bissexual e de gênero (LGBT) não mais serão bem-vindos ao Exército.

“Infelizmente – disse o general – temos uma minoria de membros que ainda são racistas e fanáticos, e vocês nunca conseguirão ver-se livre deles”. E prosseguiu: “Essas pessoas que se opõem a esta nova política precisarão adaptar-se a ela, e se não o fizerem precisarão se retirar. Pouco importa o grau de instrução e educação dos opositores; vocês terão sempre aqueles que se oporão a isto por motivos morais e religiosos, do mesmo modo como vocês hoje ainda têm racistas”.

Além de partir de um alto oficial, tais declarações se tornam ainda mais graves pelo fato de seu autor estar diretamente envolvido num painel do Pentágono voltado a definir a política militar sobre essa matéria. Ademais, o general Bostick se equivoca ao apresentar a questão dos homossexuais nas Forças Armadas como um assunto de direitos civis, quando o serviço militar é essencialmente discriminatório. Dele, por exemplo, são afastados os velhos, os muito fracos ou muito gordos, pois a finalidade das Forças Armadas é travar batalhas e vencer, e não defender sentimentos pessoais de minorias. Fazendo-o em relação aos homossexuais, o general também está discriminando essas outras categorias de pessoas.
Cumpre ainda lembrar que nos EUA a exclusão das Forças Armadas de pessoas com conduta homossexual baseia-se nos princípios do Código Uniforme de Justiça Militar, que também criminaliza a conduta adúltera entre heterossexuais por solapar a boa ordem e a disciplina. No entanto, o general Bostick sugeriu a adoção de disciplina semelhante para proporcionar “educação e treinamento” aos soldados, marinheiros e membros da Força Aérea de modo a fazê-los abraçar a agenda LGBT!

Na mesma linha do general, Tommy Sears, diretor-executivo do Centro de Prontidão Militar, declarou ao “The Washington Times”: “Infelizmente, se a lei [Dont’t ask don’t tell] for revogada, as Forças Armadas tentarão fazer o que elas fazem – fazer as coisas funcionar, para melhor ou para pior. Portanto, a dissensão não será tolerada. Se por qualquer razão você não concordar, seja ela por convicção religiosa ou objeção pessoal, sua carreira na essência estará encerrada”.

O editorial termina evocando o direito dos militares a seguir sua reta consciência e pedindo a remoção do general Bostick de suas funções no painel do Pentágono que trata do assunto.
* * *

Eis, caro leitor, os absurdos a que conduz a doutrina professada pelos defensores incondicionais dos Direitos Humanos; tão incondicionais que no seu delírio em defender graves desvios de conduta de minorias, não hesitam em sacrificar até mesmo aquelas instituições das quais eles são representantes e que asseguram a soberania e o bem-estar da maioria da Nação!
P.S.: Apesar de majoritários, os democratas felizmente não conseguiram a revogação no Senado do "Don't ask, don't call", pois necessitavam de 60 votos e só obtiveram 56. Uma nova votação só será possível após as eleições, quando se espera que eles perderão a maioria em ambas as Casas. Mas eles vão continuar, a menos que uma celeste Operação Sodoma ponha definitivamente fim aos seus pérfidos designios.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

OBAMA: O MITO E A REALIDADE

Sob o título Crise na Casa Branca – Barack Obama ladeira abaixo, a redação internacional do jornal colombiano “El Espectador” (23/09/2010) publicou um artigo mostrando o grau de desprestígio a que chegou o presidente Obama. – Sim, aquele mesmo Obama que há pouco mais de um ano a mídia mundial – e, portanto, também o referido jornal – apresentava como se fosse um Messias.

“Não nos comparem com o Todo-poderoso. Queixam-se do plano de reforma de saúde ou de que a guerra no Iraque está em vias de terminar, mas não a do Afeganistão. Dizem que não se fazem mais coisas, que o desemprego cresce, que a economia... Acordem jovens, isto não é um exercício acadêmico”, disse Obama aos seus aliados do Partido Democrático durante ato político na Filadélfia na última segunda-feira.

Blogs políticos de Washington interpretaram essas palavras como um apelo desesperado de Obama sobre o alcance dos seus poderes. Pois ele tem claro que se avizinha uma débâcle eleitoral de seu partido no pleito do próximo dia 2 de novembro, quando se renovarão a totalidade da Câmara dos Deputados, um terço do Senado e 37 governadores.

“Sua figura está diminuída, seus rivais agigantados, o panorama econômico deteriorado. A seis semanas dos comícios Obama mostra-se incapaz de evitar que seu partido perca a maioria em ambas as Casas”, explicou a analista política Virginia Volk.

O jornal colombiano prossegue dizendo que ficou longe a aura de popularidade e esperança daquela manhã fria e orvalhada de 20 de janeiro de 2009, quando Obama chegou à Presidência com quase 70% de apoio, se comparada com os seus atuais 45% de popularidade ameaçando despencar ainda mais.

Nos encontros que vem mantendo nos Estados com mulheres e estudantes numa tentativa de reverter sua situação, Obama tem enfrentado reclamações como estas: “Estou exausta de defendê-lo, de defender seu governo. Estou realmente decepcionada de aonde fomos parar”, disse-lhe uma mulher. Um jovem se queixou: “O senhor criou um movimento inspirador durante sua campanha, mas essa inspiração está morrendo”.

Mas, segundo o artigo, a esta altura “a causa parece perdida”. Mickey Kaus, colunista do “Slate”, escreveu: “Seus argumentos para reverter a situação são insuficientes, não descreve seus pontos de vista, não tem grandes idéias nem iniciativa”.

O Presidente visitou ontem uma casa de família nos subúrbios de Washington para demonstrar as vantagens de sua reforma da saúde, que entrou em vigor nesta quinta-feira (23/9), seis meses após sua promulgação e apesar de 49,3% dos americanos se oporem a ela. Mas ainda hoje o Partido Republicano – cujo êxito em novembro nas urnas promete ser tsunâmico – apresentará um programa radical de governo que inclui entre outras coisas a revogação ou paralisação da referida reforma sanitária e o congelamento no Congresso de todos os gastos para qualquer outro projeto de Obama.

Outro aspecto que nesta época de crise e contenção tem contribuído para a perda de prestígio de Obama são os altos custos das férias de sua família. Por exemplo, nas últimas que sua esposa e uma das filhas passaram na Espanha, a primeira dama reservou cerca de 60 apartamentos no exclusivo hotel Villapaddiema, na Costa del Sol, onde cada noite custa em torno de 2.500 dólares.

* * *

Cuidado, portanto, com a propaganda e as pesquisas, que mediante tapeações procuram com freqüência tapar a enorme distância existente entre a realidade e aqueles a quem elas querem beneficiar. Que o diga Barack Obama.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Cá e lá, intervencionistas há

O leitor está por certo lembrado da recente “lei da palmada”, através da qual o governo Lula interveio no recinto da família, imiscuindo-se no pátrio poder. Embora de aparição antiga (11/08/2009), pela sua incontestável atualidade reproduzo abaixo excertos de um indignado artigo publicado na revista “Human Events” pelo ator e jornalista americano Carlos Ray “Chuck” Norris, no qual ele analisa aspectos de um análogo intervencionismo de Barack Obama nos Estados Unidos. Que outras afinidades existirão entre o PNDH-3 - compêndio do que pensa e deseja implantar o governo petista - e a impopular Reforma da Saúde de Obama? - Deste Obama a cujo respeito pelo menos os institutos de pesquisas americanos não mentem, e lhe atribuem a baixa popularidade contra a qual, apesar de todas as evidências, seus símiles brasileiros se encarregam de proteger sistematicamente o presidente Lula.

Segredo Sujo N° 1
no Serviço de Assistência de Obama


As reformas do sistema de saúde estão se transformando numa revolta. Os americanos estão indignados com os parlamentares, nas reuniões realizadas em prefeituras ao longo dos EUA. [N.R.: Eles foram ao interior consultar as bases eleitorais a respeito do assunto, reunindo-se nas prefeituras, mas a indignação foi tal que alguns quase foram agredidos].

Enquanto observava essas aquecidas noites políticas de agosto, decidi pesquisar as razões pelas quais tantos se opõem ao Serviço de Assistência de Obama, para separar os fatos da fantasia. O que descobri é a existência até mesmo de pequenos segredos sujos, profundamente enterrados dentro das mais de mil páginas do projeto sobre a saúde.

O Segredo sujo Nº 1 do Serviço de Assistência de Obama versa sobre a intromissão do governo no interior das residências e a usurpação dos direitos dos pais quanto aos cuidados na criação dos filhos.

Isso está esboçado nas seções 440 e 1904 do projeto da Casa (página 838), sob o título “programas de visita às casas de famílias com filhos pequenos e de famílias esperando filhos”. Os programas – concedidos através de concessão aos Estados – aconselhariam os pais sobre o procedimento a observarem no tocante à criação dos filhos.

O projeto prevê que os agentes do governo – “quadros bem treinados e competentes” – forneçam aos pais os conhecimentos necessários ao desenvolvimento adequado à idade da criança nos domínios cognotivo, lingüístico, social, emocional e motor (...), “modelando-os, consultando-os e instruindo-os quanto às práticas paternas a tal respeito”, bem como sobre suas “condições para interagir com os filhos a fim de intensificar o desenvolvimento próprio à idade”.

Uma refutação do governo é a de que o programa seria “voluntário”. É verdade? Isso implica que essa agência apoiaria passivamente, até que, necessitados em saber como criar seus filhos, alguns pais dissessem: “Não penso chamar meus pais, padre ou amigos, ou ler uma pletora de livros, mas irei aos escritórios do governo?” Ao contrário, na página 840, o projeto aponta para grupos e problemas especificamente indicados : O Estado “deverá identificar e priorizar comunidades que estejam com grande necessidade de tais serviços, especialmente aquelas com alto índice de famílias de baixa renda”.

É tudo isso o que você deseja ou espera de um plano universal de saúde impulsionado através do Congresso? Você quer que agentes do governo cheguem à sua casa e lhe digam como educar seus filhos? Quando é que o serviço de saúde do governo se tornou serviço de cuidado da criança?

O governo precisa exercer menos o papel de dirigir a vida de nossas crianças e mais o de apoiar as decisões dos pais em relação aos filhos. Os filhos pertencem aos seus pais, não ao governo. E os pais devem ter o direito – e o apoio do governo – para criar seus filhos sem ordens, educação ou intervenção federal em suas casas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

“Washington Post” critica Lula



Em recente matéria, articulista do importante jornal norte-americano Washington Post afirma que apesar de cortejar o Irã, o presidente Lula foi por este humilhado ao não ser atendido no seu apelo em prol de uma mulher condenada à morte naquele país. E conclui dizendo que Lula está se empenhando a fundo para que sua sucessora seja uma “ex-guerrilheira marxista que compartilha sua afeição pelos ditadores anti-norte-americanos”.

Lula obstruído pelo Irã

By Jackson Diehl, The Washington Post, 3 de agosto de 2010


O melhor amigo dos tiranos em todo o mundo democrático – o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – foi mais uma vez humilhado por um de seus clientes.

Trata-se de Mahmoud Ahmadinejad, o patrocinador do terrorismo e negador do Holocausto, a quem Lula abraçou pública e literalmente. No final da semana, pressionado por protestos domésticos, Lula apelou ao presidente iraniano para libertar Sakineh Ashtiani – uma mulher iraniana condenada a morrer lapidada sob acusação de adultério – e permitir-lhe exilar-se no Brasil.

“Se a minha amizade e afeição pelo presidente do Irã têm importância, e se esta mulher está causando problemas lá, vamos acolhê-la aqui no Brasil”, proclamou Lula. Na terça-feira, o líder brasileiro recebeu a resposta: uma recusa direta do governo de Ahmadinejad, que com excessiva condescendência descreveu Lula como meigo: “Tanto quanto sabemos, ele é uma pessoa muito humana e emotiva que provavelmente não recebeu informação suficiente sobre o caso”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. “O que pode ser feito é informá-lo sobre os detalhes do caso desta pessoa que cometeu um crime e foi condenada em conseqüência”.

Os detalhes são estes: Ashtiani, 43, mãe de dois filhos, foi julgada culpada em 2006 por ter “um relacionamento ilícito” com dois homens. Ela foi punida com 99 chibatadas. Depois a corte mudou a acusação de adultério e a sentenciou à morte por lapidação. Ela está sendo objeto de uma campanha internacional, inclusive no Brasil, onde uma petição questionando o fracasso de Lula em falar sobre os direitos humanos no Irã recebeu mais de 100 mil assinaturas.

Esta não é a primeira vez que Lula ficou embaraçado por causa de seu “amigo” iraniano. Em maio, Ahmadinejad o induziu a desempenhar o papel de inocente útil [useful idiot], por ocasião da votação de sanções no Conselho de Segurança da ONU. Em Teerã, o presidente brasileiro assinou um memorando delineando um suposto compromisso sobre o programa nuclear iraniano – que se revelou imediatamente um roubo por Teerã e uma paralisação para os membros permanentes do Conselho de Segurança. Os votos de sanção prosseguiram.

Ahmadinejad também não é o único ditador a contar com o apoio incondicional de Lula. Em fevereiro último, Lula esteve muito ocupado acariciando Raul e Fidel Castro em Cuba, no momento em que o regime anunciava que um dissidente preso, Orlando Zapata Tamayo, havia morrido em decorrência de uma greve de fome. Lula disse que “lamentava” a morte, mas prosseguiu sua visita, mesmo quando o governo lançava uma campanha de propaganda escusando-se pela morte de Zapata.

O mandato de Lula como presidente está chegando ao seu termo; ele está fazendo cerrada campanha para sua sucessora escolhida, Dilma Roussef,. Comentários no Brasil dizem que Lula também sonha tornar-se o próximo secretário-geral da ONU. De onde seu desejo de poder demonstrar que é capaz de persuadir governantes tais como Ahmanidejad a ouvir a voz da razão. Só que ele aparentemente não pode.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CNBB divulga carta em apoio ao Plebiscito Popular pelo Limite da Terra

(Assessoria de Comunicação FNRA - Fórum Nacional da Reforma Agrária - 22/06/2010)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, divulgou esta semana a carta em apoio ao Plebiscito Popular pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil.


No documento, as coordenações regionais e nacionais das Pastorais Sociais e Organismos da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, assumem o compromisso de participar do 16º Grito dos Excluídos e da organização do Plebiscito Popular. “Esta decisão tem como base a consciência de que a democratização da terra através da reforma agrária é uma luta histórica do povo e uma exigência ética afirmada pela CNBB há décadas. É também a realização de um gesto concreto proposto pela Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010.” (...).


O leitor talvez não saiba, mas sobre a necessidade da Reforma Agrária não é só a CNBB que pensa assim. Os principais líderes comunistas do mundo inteiro sempre pensaram do mesmo modo, colocando a implantação dessa reforma como o objetivo principal de sua inglória luta. Com o resultado sempre conhecido de miséria e desolação. Para não irmos mais longe, é só olhar para o resultado dos assentamentos da Reforma Agrária no Brasil: verdadeiras favelas rurais!


Além do mais, segundo o Papa Leão XIII, o direito de propriedade é um direito natural decorrente da própria condição livre do homem. Sendo livre, o homem é dono de si; e sendo dono de si (de seu corpo – atenção, agro-abortistas!), também o é de seu trabalho. E o que é a propriedade senão o fruto condensado do trabalho humano? Ela poderá ser maior ou menor em função do que o homem tiver conseguido amealhar honestamente. Portanto, não é o povo nem o governo que deve deliberar sobre o tamanho da propriedade: é o próprio homem e sua capacidade de produzir e economizar.

Negar tal direito seria – como o fazem os regimes comunistas – reconhecer que o homem deve ser escravo, realidade comum nos referidos regimes.

É isso que a CNBB deseja?

Também, para que os católicos brasileiros pudessem estar devidamente informados, a CNBB teria sido mais honesta e transparente se tivesse dito ao lado de verdadeiramente quem ela está lutando (ou seja, dos comunistas), pois esse povo ao qual ela atribui a “luta histórica” pela Reforma Agrária simplesmente não existe no Brasil. O que existe são os magotes de agitadores do MST, bem como dos movimentos indígena e quilombola dirigidos pela CPT, pelo CIMI e congêneres, que tentam inutilmente insuflar no bom povo brasileiro a luta de classes e de raças tão querida do comunismo.

Mas felizmente essa opinião sobre a divisão socialista das propriedades não é unânime no seio da CNBB. Por exemplo, o Bispo de Jequié (BA), Dom Christiano Krapf, publicou recentemente uma lúcida e corajosa declaração sobre o projetado plebiscito turbinado pela CNBB, que cumpre levar ao conhecimento dos brasileiros preocupados com o destino da Nação. Ei-la:

Campanha de Embolar o Campo com “Plebiscito” Popular

Dom Cristiano Krapf, Bispo de Jequié, BA

Diante da pobreza de milhões de brasileiros nesta terra tão rica em recursos naturais, até pessoas bem intencionadas se deixam instrumentalizar por adeptos de uma ideologia anticapitalista e antineoliberal que ainda tem a ilusão de construir uma sociedade mais justa pelo atalho da luta de classes.

Já no último dia da Reunião dos Bispos em Brasília tivemos um breve tempo de estudo em grupos e apresentação de emendas para um texto de 55 páginas sobre a Questão Agrária, com a proposta de envolver a CNBB numa campanha para limitar por lei arbitrária o tamanho de propriedades rurais.

Faz muito tempo que tal projeto é tramado nos bastidores de setores que desejam radicalizar a reforma agrária. Ainda achei uma brecha para dizer que seria muito melhor insistir na exigência da função social de toda propriedade, em vez de perturbar o trabalho de pessoas que fazem a terra produzir. Tentei oferecer um texto crítico que fiz às pressas com argumentos razoáveis contra a tentativa de atacar e atrasar o desenvolvimento de uma agricultura moderna num país com a vocação de ser o celeiro do mundo neste século de perspectivas ameaçadoras de conflitos crescentes por alimento, por energia e por água.

Não conseguindo distribuir a todos o meu texto sobre o tal plebiscito, o mandei aos colegas pela internet, junto com outro mais elaborado sobre a Questão Agrária para Bispos, que ainda está guardado no meu Blog, porque se refere à primeira versão do texto da CNBB, do qual ainda não vi a versão final.

Quando questionei o envolvimento oficial da CNBB numa campanha contra grandes propriedades rurais que só servirá para agitar ainda mais o ambiente rural, recebi a resposta que não seria publicado um documento na coleção azul, mas apenas um texto para estudo na coleção verde. No entanto, já começou a campanha com a coleta de assinaturas e com a mobilização do povo para o grito dos excluídos. Quem não participar, será criticado como se não estivesse interessado na melhora de vida do homem do campo.

Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. Isso ficou claro quando alguns queriam mobilizar a Igreja toda contra projetos de transposição de água do São Francisco e de hidroelétricas na Amazônia.
Pessoalmente, não vejo por que todos os bispos deviam marchar unidos contra projetos complicados que dividem as opiniões dos envolvidos e dos entendidos. Vejo que muitos fabricam argumentos para justificar seus objetivos, em vez de escolher seus objetivos de acordo com a verdade objetiva da razão.

Precisamos cuidar da unidade na doutrina, na liturgia, na solidariedade. Em questões de política econômica, não cabe à CNBB impor seus pontos de vista a ninguém. As opiniões de cada bispo valem de acordo com o peso dos seus conhecimentos manifestados nos seus argumentos. Viva a liberdade!

Não quero impor as minhas opiniões. Quero apenas oferecer meus argumentos pessoais aos interessados no assunto, e deixar claro que nenhum católico é obrigado a participar de uma campanha promovida por uma entidade qualquer, mesmo que conte com o apoio de setores da CNBB. Ninguém pode exigir que todo católico venha embarcar na canoa furada desse “plebiscito”. Tal campanha contra o tamanho das propriedades rurais só fará aumentar os conflitos no campo. Quem sobreviver verá.

Na proposta que surgiu na nossa Assembléia faltou definir coisas importantes:

1) Qual deve ser o tamanho limite das propriedades?
2) A desapropriação será com indenização ou por confisco sumário?
3) Quem receberá a terra pronta e as benfeitorias de presente? O invasor que chegar primeiro? Os amigos dos donos do poder?

Agora, o Forum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, FNRA, já diz qual deve ser o Limite da Propriedade: 35 módulos fiscais Um manual recente do FNRA explica que um módulo tem entre 5 e 110 hectares. Segundo o INCRA, em regiões de São Paulo boas para culturas permanentes um módulo tem dez hectares. Portanto, propriedades que ultrapassam 350 hectares serão desapropriadas.

Com as leis atuais que protegem fazendas produtivas, já acontecem invasões de áreas plantadas. Aqui na Bahia, invasores de terras alheias cortaram pés de eucaliptos com o argumento tolo que pobre não come madeira. Alguém imagina que grandes plantações de laranja, de café, de cana, de soja, de eucaliptos, seriam entregues sem resistência ao primeiro invasor que chegar? Ou será que ainda existem movimentos que sonham com revolução?

No sertão difícil, os módulos são bem maiores, mas o pessoal não dorme no ponto. Vão procurar as regiões melhores. Já existem assentamentos que produzem pouco, mas onde receberam casas perto de cidades. Outros procuram lugares de futuro turístico. Assentamentos no interior do sertão só sobrevivem enquanto continuam recebendo ajuda.

Resumindo, a proposta do FNRA é esta: Confiscar as grandes fazendas:

Áreas acima de 35 módulos sejam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.

Jequié, 17 de Julho de 2010+ Cristiano Krapf

terça-feira, 20 de julho de 2010

Chaveropapismo

Se o leitor estiver tendo a paciência de ler este artigo no dia 21 de julho de 2010, não deixe de rezar uma jaculatória pelo cardeal-arcebispo de Caracas, D. Jorge Urosa Savino, que talvez nesse mesmo momento esteja dando explicações à Assembléia Nacional de seu país sobre “por que condena o socialismo do século XXI” de Hugo Chávez.

Sua convocação partiu do majoritário Partido Socialista Unido da Venezuela. Mas o jornal espanhol “El País” (20/6/2010) informa que o governo venezuelano não estaria contente com o comparecimento do prelado apenas ao Congresso; Hugo Chávez o exortou a dar explicações também ao Tribunal Supremo de Justiça.

Quais são os “crimes” imputados ao cardeal?

Ter declarado em Roma que o presidente Chávez “passa por cima da Constituição” e pretende conduzir o país “pelo caminho do socialismo marxista, que é totalitário e conduz a uma ditadura”. Ele também é acusado de participação no golpe que derrubou Chávez durante 48 horas em 2002 (desse tipo de golpe que não dá em nada e que a gente fica com séria desconfiança de ter sido promovido pelo próprio governo para depois este sentir-se livre para incriminar quem quer que se lhe oponha).

No dia 5 de julho, durante a cerimônia de comemoração dos 199 anos da Independência, Hugo Chávez – na presença do Núncio Apostólico, Mons. Pietro Parolini –, após referir-se ao Arcebispo de Caracas dizendo que “este senhor Urosa é indigno de chamar-se cardeal”, repetiu várias vezes que ele era um “troglodita”. Dirigindo-se depois ao Núncio, vociferou: “Mande uma mensagem a Sua Santidade: enquanto mandarem estes bispos aqui, lamentavelmente nos sentiremos bem afastados da hierarquia da Igreja católica”.
Chávez – que declarou recentemente não reconhecer o Papa como embaixador de Jesus Cristo, pois, segundo ele, tal embaixador é o povo – num delírio chaveropapista queixou-se ainda do fato de o Sumo Pontífice não tomar em consideração sua opinião sobre quem nomear para cardeal e para bispo: “Mandei dizer ao Papa que eu tinha meu candidato, que é um senhor que deveria ser supercardeal porque o merece”, referindo-se a D. Mario Moronta, bispo de San Cristóbal. Este último, entretanto, apesar de suas posições progressistas, repreendeu o presidente pelas suas palavras e se solidarizou com o Arcebispo de Caracas.

Este é o país onde há "excesso de democracia”!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando será estabelecida uma Nurenberg para julgar os casos das vítimas do comunismo? – Eis uma nova e estarrecedora descoberta.

Stalinismo: fossa comum com os restos de 495 pessoas

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 julho de 2010


MOSCOU – Os ossos descobertos na periferia de Vladivostok, no Pacífico sul, pertencem a centenas de vítimas do terror staliniano, mortos pela NKVD, a polícia política “precursora” da KGB. As autoridades locais o confirmaram com base nos resultados reunidos pelos especialistas de medicina legal.

A macabra descoberta ocorreu no corrente mês, mas sua confirmação só chegou agora: trata-se de esqueletos de nada menos 495 pessoas, a maioria com sinais de disparo na nuca, e de umas 3,5 toneladas de outros ossos, trazidos à luz numa fossa comum por operários empenhados em trabalhos na estrada. O prefeito de Vladivostok emitiu um comunicado, no qual afirma que “a hipótese de que os restos pertencem a vítimas da repressão está confirmada”.

As vítimas, segunda conclusão da perícia, foram mortas presumivelmente durante o “grande terror” dos anos 30 do século passado, quando milhões de cidadãos soviéticos foram fuzilados ou eliminados nos campos de trabalhos forçados siberanianos do Gulag, do qual Vladivostok era um centro de desova. Agora os restos serão sepultados num memorial.

sábado, 17 de julho de 2010

Lei da palmada é uma bofetada
na face dos pais brasileiros

Sim, caro leitor, ao pretensamente defender as crianças de palmadas de seus pais, o governo Lula acaba de desferir na face destes uma violenta bofetada.

Ele o fez ao negar através desse infeliz decreto – na mesma linha do PNDH-3 – o pátrio-poder, afirmando implicitamente que a educação dos filhos é atribuição do Estado, que pode ditar normas aos pais. O que é falso, porque a instituição familiar antecede o Estado e não pode ser invadida por ele. O que só acontece nos regimes totalitários.

É com medidas assim que se põe em execução o extenso e dramático Programa Nacional de Direitos Humanos.

Sem se incomodar com a contradição, o mesmo PNDH-3 defende o aborto. Ou seja, antes de nascer, aquela mesma criança contra a qual não se admite sequer uma palmada dos pais pode ser brutalmente triturada com o consentimento da mãe!

Vemos assim dois direitos fundamentais da pessoa humana sendo negados por um Programa destinado em princípio a defender os direitos humanos: o pátrio-poder e o direito à vida... menos importante que uma palmada!

O comunismo morreu?

Àqueles que, apesar de todas as evidências, ainda insistem em dizer que o comunismo morreu, eis uma recentíssima prova em sentido contrário:

A Rússia dá mais poder aos espiões do FSB

Os cidadãos poderão ser convocados e advertidos sem prova. – Oposição: “Como no tempo da URSS”.

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 de julho de 2010

MOSCOU – Com 350 votos a favor, em maioria proveniente do “partido do poder” Rússia Unida e no meio de muita polêmica, a Duma aprovou definitivamente uma lei ampliando os poderes do FSB – o Serviço federal de segurança herdeiro da KGB. A lei agora passa ao Conselho da Federação e depois para assinatura do presidente Dmitrij Medvedev.

De acordo com a nova norma, um oficial do FSB ou seu substituto pode convocar qualquer cidadão, mesmo com ausência de prova e só com base em suspeita, e comunicar-lhe uma advertência “sobre a inadmissibilidade de ações que criam condições para o cumprimento de ofensas criminais”. A nova lei prevê também o agravamento de pena pelo descumprimento de “uma legítima demanda ou disposição de um agente do FSB” e pela “resistência à execução do agente dos seus deveres de ofício”. As sanções vão de prisão por 15 dias e 500-1000 rublos de multa a 10-50 mil rublos.

Os ativistas de direitos humanos expressaram o temor de que a nova lei seja dirigida contra os opositores e se torne pretexto para silenciar quem é de opinião diferente da do Kremlin. Na quinta-feira, o presidente Dmitrij Medvedev, durante uma conferência de imprensa com a chanceler alemã Ângela Merkel em Ekaterinburg, havia reconhecido que a lei havia sido preparada por sua direta disposição. Respondendo à pergunta de uma jornalista alemã, Medvedev refutou a crítica, afirmando tratar-se “de uma lei interna nossa e não de um ato internacional”. Ainda na quinta-feira, antes de Medvedev fazer seu reconhecimento, um grupo de opositores lhe dirigiu uma carta aberta pedindo para não assinar a nova lei. Ontem, após a decisão da Duma, cerca de 80 expoentes da oposição endereçaram uma mensagem al presidente do Conselho da Federação, Sergej Mironov.

Entre os firmantes estão Genri Reznik, presidente da Ordem dos Advogados de Moscou, e Oleg Orlov, chefe da organização “Memorial”. Eles observam que “a opinião pública na Rússia e no exterior já se deu conta de que a nova lei restitui ao FSB os poderes do serviço secreto do regime totalitário”. Os firmantes dizem que os poderes do FSB na Rússia já superaram “todo o limite do razoável”. Em sentido contrário, o vice-diretor do FSB, Jurij Gorbunov, declarou que os novos poderes de sua organização lhe permitirão combater mais eficazmente o terrorismo.



terça-feira, 13 de julho de 2010

Divórcio on-line

Com o divórcio on-line – como a dissolução do vínculo conjugal poderia ser denominada, a partir da aprovação pelo Congresso da PEC 66 –, é a família brasileira que recebe seu tiro de misericórdia.

Com efeito, a partir do momento em que o divórcio entrou em vigor no Brasil, em 1977, por efeito de um decreto do então presidente Geisel – e ante o vergonhoso silêncio do Episcopado nacional –, ficou aberta para os casais a porta até então fechada que lhes tornava em larga medida possível o cumprimento do voto feito no casamento: fidelidade em todos os transes, nas tristezas como nas alegrias etc.

Dada a fragilidade humana, a sabedoria e a prudência mandam que se dificultem as circunstâncias nas quais possamos tomar decisões contrárias ao bom senso, aos nossos próprios interesses e aos de nossos filhos. Talvez a mais importante dessas circunstâncias se dê precisamente em relação ao casamento, base e condição para a constituição e prosperidade da família, o qual, para alcançar seu objetivo, deve começar por ser ele mesmo forte.

Ora, porquanto essa porta estivesse então fechada, a oração, o tempo e a paciência faziam o mais das vezes com que as dificuldades e os desencontros inerentes à existência humana neste vale de lágrimas fossem sendo aos poucos sanados no recinto do lar. E a vida familiar seguia seu curso através das décadas.

Quando de todo não dava para os cônjuges permanecerem juntos, havia a figura do desquite – não contrária, como o divórcio, à moral católica –, por onde os corpos se separavam, mas o vínculo permanecia.

Com o divórcio, contudo, isso acabou. Pois a porta numa primeira etapa aberta – gerando todas as trágicas conseqüências que conhecemos, em especial para os filhos –, agora escancarou, propiciando que seja muito maior o número e mais céleres os passos dos que a transporão em busca de uma nova vida de felicidade sem sacrifícios que eles esperavam encontrar no casamento indissolúvel...

E como tudo agora é on-line, se também este não der certo, é só apertar delete e em seguida um search, em busca de outra quimera. E assim sucessivamente.

Creio que desse jeito nem na União Soviética, embora a extinção da família sempre tenha sido um dos postulados básicos do comunismo. E tudo isso ainda é festejado por políticos e pela mídia como uma grande conquista!

domingo, 11 de julho de 2010

Espanha campeã: meu barbeiro já previra


Não é necessário ser profeta para prever o desenlace das atuais Copas do Mundo. Meu barbeiro, muito antes de iniciar-se esta última, já havia acertado na mosca: “A Espanha vai ganhar!”.

Com efeito, de há muito essa competição de esportista se tornou política, e seus resultados se tem conformado com certas necessidades internas de determinados países.

Além de sua tradicional e popular tourada – que enfrenta cerrada campanha de pacifistas que a querem ver abolida –, o que mais importa atualmente na Espanha é a truculenta lei de aborto que o governo socialista acaba de implantar, pela qual a idade para matar cai para os 16 anos, e para morrer sobe para 14 semanas.

Tal lei vem causando enorme reação em todo o país, até mesmo na classe médica e sanitária em geral, cujos membros se recusam a matar os inocentes. E nada neste momento poderia ser mais oportuno para os socialistas do que uma vitória na Copa do Mundo, para tentar assim encher a opinião pública de otimismo e ao mesmo tempo desviar o foco das atenções. – Conseguirão?

E a Espanha – que, importa reconhecer, possui muitos valores bem superiores ao futebol – ganhou logo de quem? Da Holanda, país onde tanto o aborto quanto as piores aberrações morais são oficialmente permitidas, e que é também conhecido pelo fato de seus navios abortistas ancorarem próximo à costa de países onde essa lei assassina não vigora, para realizá-los ali.

– Mera coincidência?

Conclusão: sejamos sempre simples; simplórios, não!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quando o sapo abre a jaula para a hiena...


Percorrendo a coleção de escritos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, chamou-me a atenção o artigo que sob o título em epígrafe ele escreveu na “Folha de S. Paulo” em 1º de agosto de 1971. Comentava nele a vergonhosa colaboração do então presidente argentino general Alejandro Lanusse – tido por muitos como anticomunista ferrenho – com o marxista chileno Salvador Allende.

À medida que o lia, meu pensamento se transpunha para a realidade nacional, até fixar-se num fato recente: o apoio dado por Abílio Diniz, presidente do grupo Pão de Açúcar, à candidatura de Dilma Roussef.

Se aqui estivesse, o arguto pensador católico brasileiro, utilizando-se da mesma designação que deu então a Lanusse, não hesitaria em chamar tal apoiador de sapo, como se referia àquelas pessoas ricas ou bem situadas que antipatizavam com a TFP e colaboravam com o comunismo. E com quanta razão o faria!

Com efeito, como reiteradas vezes ele demonstrou, a opinião pública brasileira é infensa ao socialismo e ao comunismo. Estes só conseguem alguma coisa em parte por serem favorecidos pela intelligentsia e por certa burguesia sapa, que nutrem simpatias românticas por tais regimes. Mas principalmente pelo decidido apoio da esquerda católica, sobre cujo alcance o próprio presidente Lula deu inequívocas provas na longa entrevista concedida em 9 de maio de 2010 ao jornal socialista espanhol “El País”.

Assim, do mesmo modo que para fazer-se aceitar por uma opinião pública conservadora o ex-sindicalista necessitou do aval de um grande empresário que se tornou seu vice-presidente, também a ex-terrorista, por ele indicada para sucessora, necessita agora de análogo apoio. Para um caso e outro, não faltaram os sapos...

Enquanto isso, diante de uma oposição tímida, indecisa e dividida, a poderosa máquina lulo-petista vai, por meio de gestos de solidariedade com ditadores de todos os quadrantes, de camisa vermelha para lá, vestido vermelho para cá, acostumando paulatina e subconscientemente opinião pública com a cor da indumentária e da ideologia de Hugo Chávez, na esperança de que as urnas eletrônicas finalmente consagrem Dilma Roussef!

Embora eu seja pobre e, sob o ponto de vista material, o que direi de pouco ou nada vale, faço aqui um propósito. Propósito que é um protesto de quem não quer colaborar com o só centavo com aqueles que colaboram com a demolição do Brasil, o qual poderá tornar-se uma imensa Cuba onde rareiam, como nesta, até o pão e o açúcar: nada mais comprar no Pão de Açúcar!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio:
Fátima e os erros do comunismo

Os olhares e os corações dos católicos do mundo inteiro se voltam neste dia 13 de Maio para Fátima, onde S.S. Bento XVI, apoteoticamente aclamado em Lisboa, estará para as celebrações do 93º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora a Lúcia, Jacinta e Francisco, aos quais apareceu seis vezes no ano de 1917.

A Santíssima Virgem lhes revelou então que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; que o Santo Padre teria muito que sofrer; que várias nações seriam aniquiladas. Mas que, “por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Os erros do comunismo aí estão, à vista de todos, consubstanciados no laicismo avassalador e ateizante; na impiedade e na imoralidade desbragadas, demolidoras da inocência e do sustentáculo da sociedade que é a instituição familiar; na negação e violação permanente da propriedade privada, corolário da família e indissociável ao progresso; na perseguição implacável e sob diversos pretextos a todos aqueles que se oponham aos seus perversos desígnios.

Coincidência ou não, mas carregado de sentido simbólico, no exato momento em que o Santo Padre se encontra em Fátima, palco de irradiação das proféticas advertências de Nossa Senhora ao mundo, onde se encontra quem decretou o PNDH-3, verdadeiro compêndio dos erros do comunismo? – No próprio foco de irradiação universal deste: na Rússia!

Com efeito, segundo noticiou a imprensa, o presidente Lula viajaria no dia 12 de maio para Moscou, onde se reunirá nos dias 13 e 14 com o presidente Medvedev. No sábado à noite chegará a Teherán, para no domingo reunir-se com o aiatolá Khameinei e o presidente Ahmadinejad.

Após ter condenado – quando Prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé – tanto a teologia da libertação como o comunismo (“vergonha do nosso tempo”), e agora como Papa Bento XVI, acabar de dizer que a terrível crise interna por que passa a Igreja está prevista na Mensagem de Fátima, adquire maior relevância o declarado pelo presidente Lula na entrevista que concedeu a Juan Luis Cebrián, fundador do jornal socialista espanhol El País (09/05/2010):

“O PT não teria existido sem a ajuda de milhares de padres e comunidades cristãs do Brasil, [ele] deve muito ao trabalho da Igreja, à teologia da libertação, aos sacerdotes progressistas. Tudo isso contribuiu para a minha formação política, à construção do PT e à minha chegada ao poder. Minha relação pessoal com a Igreja católica foi e continua sendo muito forte, mas somos um país laico, tratamos a todas as religiões com respeito”.

Declaração cujo alcance ainda melhor se percebe quando se atenta para o que o ex-ministro José Dirceu afirmou ter ouvido de Fidel Castro: este teria evitado muitos erros se na época em que implantou o comunismo em Cuba tivesse contado com a colaboração da teologia da libertação, então inexistente.

Assim, tanto Lula como seu governo – profundamente influenciado pela “Igreja mais progressista da América Latina, provavelmente do mundo”, como consta na referida entrevista – podem e devem ser considerados sob a perspectiva da Mensagem de Fátima.

Porém, eles devem ser instantemente lembrados do que Nossa Senhora também disse: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.

sábado, 8 de maio de 2010

A caminho da ruína

“Uma sociedade imoral ou amoral, que já não sente na consciência e já não demonstra nos atos a distinção entre o bem e o mal, que já não se horroriza com o espetáculo da corrupção, que a desculpa e que a ela se adapta com indiferença, que a acolhe com favor, que a pratica sem perturbação nem remorsos, que a ostenta sem rubor, que nela se degrada, que se ri da virtude, está no caminho da ruína” – Papa Pio XII.

Essas palavras do imortal Pontífice vieram-me à mente enquanto lia a notícia segundo a qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, na edição do “Diário Oficial da União” (04/05/2010), uma súmula normativa obrigando as empresas de seguro e plano de saúde a aceitar parceiros homossexuais estáveis como dependentes.

Tal medida foi acolhida por Tony Reis, presidente da ABGLT – entidade que reúne toda essa categoria de pessoas – como “uma vitória na nossa busca da igualdade”.

Quando Pio XII fala de corrupção, ele não se refere somente àquela com a qual nos deparamos nas páginas dos jornais. Pois a corrupção financeira é apenas uma das manifestações de outra ainda mais grave e profunda, qual seja a ausência cada vez maior na sociedade dos preceitos da virtude cristã e dos valores que lhe são afins.

Sem entrar no mérito da constitucionalidade da normativa da ANS – a Constituição e o Direito Civil só reconhecem as uniões heterossexuais –, o que mais surpreende é o seu caráter imoral, ao determinar que comportamentos contrários à lei natural e à Lei de Deus tenham pleno direito de cidadania, bem ao gosto e ao espírito do PNDH-3!

Enganam-se, portanto – e ludibriam os outros – os que propalam aos quatro ventos que o Brasil está vivendo um vertiginoso progresso. Na realidade, na perspectiva de Pio XII, o País “está no caminho da ruína”, pois sem moral, nenhuma nação ou civilização é capaz de subsistir.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Não ao bloqueio de Honduras!

O governo Lula é tão sôfrego em empreender políticas de esquerda que parece não se dar bem conta das contradições em que incorre.

Assim, vive dizendo que é preciso acabar com o bloqueio da Cuba castrista, mas não exige o fim de seu regime ditatorial e opressor, velho de meio século. Pelo contrário, o enche de benesses e ainda chama de bandidos aos que se lhe opõem!

Ao mesmo tempo, não poupa Honduras com uma ofensiva diplomática com reflexos econômicos através de um autêntico bloqueio que em relação a Cuba simplesmente não tolera.

Então, resumindo: Cuba, apesar de ser uma ditadura comunista de meio século, sem previsão de mudar, não pode ser sancionada; Honduras, país democrático que recusou a imposição de um governo do tipo chavista, deve ser sancionado.

O ódio ideológico do governo brasileiro em relação a Honduras subiu de tom com o epílogo de sua vergonhosa ingerência nos assuntos internos daquele país e as eleições ordeiras e pacíficas ali realizadas posteriormente na presença de peritos internacionais.

A manifestação mais recente desse ódio acaba de dar-se a propósito da nova Cúpula Latino-americana e Européia, para a qual o governo espanhol convidou o presidente eleito de Honduras, Porfírio Lobo. Pois bem, Lula e os presidentes do bloco bolivariano simplesmente rasgaram as vestes, tendo o primeiro afirmado que não participará, caso Lobo confirme sua presença.

Tal conduta da parte de quem se jacta de paladino da não-discriminação constitui um apartheid ideológico que não pode passar sem veemente protesto!


terça-feira, 4 de maio de 2010

Na Espanha, súdito fiel
recrimina o Rei

“Que bom vassalo se tivesse um bom senhor!” – exclamou na longínqua Idade Média o invencível Cid Campeador, fidelíssimo ao seu rei, do qual preferiu fugir para não ser obrigado a lhe dar batalha.

Tal brado de fidelidade há pouco se repetiu na Espanha. Só que partido não de outro guerreiro, mas de uma frágil aeromoça da Ibéria. Seu timbre, contudo, é o mesmo de Cid: o respeito e o acatamento devidos ao rei não eximem a firmeza de princípios – “seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não”.

Perguntará o leitor qual foi o objeto da recriminação da Sra. Belém López Delgado a D. Juan Carlos de Bourbon e como a mesma se materializou.

Foi a recente sanção pelo monarca de uma iníqua lei de aborto reduzindo a idade da mãe para 16 anos e sua prática livre em nascituros de até 14 semanas! Para manifestar sua indignação, a Sra. Belém enviou uma carta ao rei, junto à qual lhe devolvia uma foto com dedicatória que dele recebera por ocasião de um vôo da Família Real a Roma e a qual ela conservava com especial apreço:

“Hoje, sinto-me na obrigação moral de lhe devolver essa fotografia que com tanto carinho e orgulho entesourei, e que, desde então, presidiu um lugar preeminente em minha casa” – afirmou –, para acrescentar que sempre considerou a Monarquia um “importante ponto de equilíbrio e reconciliação para a Espanha”.

“Alguém poderia advertir-me com acerto de que nossa Constituição o obriga [ao rei] a assinar tudo quanto é aprovado pela Câmara de Deputados. Entretanto, da mesma forma como o Sr. soube encontrar habilmente, em outras ocasiões pontuais e não tão distantes, alguns atalhos para contornar assuntos que tampouco contempla a Constituição, poderia ter agora lançado mão desse expediente para evitar esta lei assassina, que ofende a sensibilidade e a dignidade de incontáveis espanhóis”.

A Sra. Belém lembra que a nova lei desampara a mulher, desautoriza os pais das menores grávidas e desvincula os homens de toda responsabilidade, além de “coloca metade da Espanha contra a outra metade”.

Adverte, ainda, que o primeiro-ministro socialista Rodríguez Zapatero demonstrou querer governar só para os seus e “polarizou perigosamente todos os espanhóis, como nunca havia ocorrido na democracia”. Por isso, após reafirmar seu orgulho de ser espanhola, recomenda ao monarca não perder de vista “o dia em que um governo anti-espanhol como o atual puser a Coroa no seu ponto de mira, porque o Sr. Zapatero já demonstrou a inexistência de obstáculo na hora de satisfazer de qualquer modo aos seus”.

E conclui: “Por fim, seria muito de lamentar que ocorresse com a Coroa da Espanha algo parecido com o que motivou Winston Churchill a dizer ao seu opositor Neville Chamberlain: ‘Tínheis que escolher entre a desonra e a guerra... escolhestes a desonra, e ademais tereis a guerra’”.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lula na ONU?

O empenho da mídia internacional em alçar o presidente Lula à condição de líder mundial opõe-se à evidência mais palmar: a coleção de fracassos da política externa brasileira, que passará para a História como a mais desastrosa de todos os tempos. Para só falar dela.

O mais recente lance nesse sentido foi da revista Time, que teve grande repercussão no Brasil. Entretanto, Time esclareceu que, contrariamente ao veiculado, o fato de Lula figurar em primeiro lugar não significava que ela lho atribuía, mas se deveu apenas a razões editoriais...

Outro bafejador de Lula é o jornal socialista espanhol El País. Este o elegera personalidade do ano de 2009, mas pelo visto se arrependeu: quando da viagem de Lula a Cuba e suas posteriores declarações chamando os dissidentes anticastristas de bandidos, El País o criticou, chegando a dizer que ele estava queimando a sua biografia.

Lula também foi prestigiado no mesmo diapasão pelo principal jornal francês, Le Monde, o qual vem se destacando por um arraigado fundamentalismo anticristão.

Assim, em protesto por declarações de Bento XVI a favor da castidade como arma contra a Aids, Le Monde publicou, em fins do ano passado, uma charge representando Nosso Senhor Jesus Cristo num barco, atirando preservativos à multidão. E durante a Semana Santa exibiu, em charge de primeira pagina, o Papa Bento XVI seviciando uma criança! – Aos que desejarem protestar contra este infame atentado recomendo o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (http://www.ipco.com.br/).

Portanto, é no mesmo Le Monde onde Jesus Cristo e Seu Vigário são vilmente ultrajados, que Lula – ele sim, atirou preservativos à multidão e não cessa de despejá-los no Brasil através do Ministério da Saúde – é festivamente aclamado! Qual o valor dessa aclamação?

O que fica subjacente a tudo isso é a idéia – da qual se tem ouvido ecos aqui e acolá e que enche de gáudio a esquerda – de Lula ser indicado para um cargo compatível com tão presumida popularidade: a secretaria-geral da ONU. Não surpreenderia, já que na presidência daquele órgão está aboletado o ex-padre sandinista Miguel d’Escoto.

Mas do mesmo modo como caiu no vazio o Prêmio Nobel da Paz concedido primeiro a Al Gore, o grande mistificador da falácia do aquecimento global, e depois a Obama antes que este sequer pudesse merecê-lo, cairá no mesmo vazio a honra que se queira prestar ao presidente Lula outorgando-lhe um cargo ao qual não faz jus.

sábado, 17 de abril de 2010

O Eyjafjallajokull brasileiro


No presente momento a atenção de todos está voltada para a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, que embora situado na Islândia, no Atlântico Norte da Europa, conturba a vida de todos os europeus, com repercussão no mundo inteiro. Só no dia 16 de abril foram cancelados naquele continente 17 mil vôos.

Comuniquei-me na manhã de ontem com um velho amigo que não podendo regressar de avião de Vilnius, capital da Lituânia, para Frankfurt, na Alemanha, onde reside, disse-me que teve a sorte de conseguir uma das últimas passagens de ônibus para amanhã, numa viagem de aproximadamente 26 horas.

Refletindo sobre isso, com a mesma celeridade das nuvens do vulcão minhas preocupações se voltaram para o Brasil.

Embora seja verdade – pensei – que as fúrias intestinas do Eyjafjallajokull estão provocando toda essa confusão, pelo menos é fenômeno passageiro: dissipada a fumaça ou mudada a direção do vento, tudo volta à normalidade. Mas o que sucederia se hipoteticamente esse vulcão “gostasse” da atividade e resolvesse prolongá-la indefinidamente? A Europa e boa parte do mundo parariam.

Ora, aqui no Brasil – onde tanta coisa que antes não acontecia está acontecendo – estamos na iminência de parar. Pior, de afundar. Pois nos encontramos diante dos estertores de um vulcão muito mais terrível que o Eyjafjallajokull. Mais terrível porque ele afetará profundamente, por um tempo que poderá ser o de várias gerações, a vida de todos os brasileiros. Estes não poderão optar por outro meio de transporte, nem esperar a mudança do vento para fugirem de seus devastadores efeitos. É o PNDH-3!

Exagero? Infelizmente não. Leia os artigos em www.ipco.org.br/pndh

A solução? Fazer os ventos mudarem !

quinta-feira, 25 de março de 2010

PNDH-3: Não desmobilizar
diante da hidra que avança!

O PNDH-3 pode ser comparado a uma hidra de múltiplas cabeças que investe determinada a abater tudo aquilo que ainda mantém o Brasil de pé: a instituição familiar, as Forças Armadas, o Poder Judiciário independente, a livre iniciativa e a propriedade privada, a liberdade religiosa, o estado de direito e a conseqüente liberdade de expressão etc.

Diversos setores visados têm reagido em defesa de seus respectivos campos: a CNBB no tocante ao aborto, à união entre pessoas do mesmo sexo e à proibição dos símbolos religiosos nas repartições públicas, os militares no que tange à alteração da Lei da Anistia, órgãos da classe rural no referente à propriedade privada, e a mídia a propósito da liberdade de expressão.

À vista dessas reações o governo teria decidido atenuar certos pontos do PNDH-3, deixando aliviados alguns de seus opositores. Grande perigo, esse alívio confortável diante de um inimigo soez e pertinaz!

Com efeito, tal atenuação não passa de um recuo tático à vista da reação encontrada. Tão logo esta arrefeça o governo voltará à carga, pois nunca é demais insistir que o PNDH-3 constitui um Ideário, um Plano de Ação meticuloso das esquerdas, longamente premeditado, coerente em tudo e por tudo com o que seus expoentes pensam e alentam em relação ao Brasil.

A execução desse Plano redundará, sem a menor sombra de dúvida, no desmantelamento das nossas instituições fundamentais – cujas atribuições serão substituídas pelas de soviets agindo em escala nacional – e na transformação do Brasil num país comunista.

Poderoso coadjuvante do PNDH-3 é a CNBB. Apesar de lhe fazer alguns reparos, na realidade não só entidades dela dependentes estão na ponta de lança da subversão no Brasil, mas na atual “Campanha da Fraternidade” ecumênica ela preconiza o que no PNDH-3 há de mais medular (e frontalmente oposto à doutrina católica): a substituição da nossa realidade sócio-econômica por uma estrutura socialista autogestionária, meta última do comunismo.

O mal só progride na medida em que os naturais defensores do bem cruzam os braços ou colaboram, e a grande maioria enlanguescida não reage. Esta foi sempre a chave do sucesso de pequenas minorias de revolucionários para imporem às multidões suas utopias criminosas e tresloucadas. No Brasil não é diferente!