sexta-feira, 23 de julho de 2010

CNBB divulga carta em apoio ao Plebiscito Popular pelo Limite da Terra

(Assessoria de Comunicação FNRA - Fórum Nacional da Reforma Agrária - 22/06/2010)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, divulgou esta semana a carta em apoio ao Plebiscito Popular pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil.


No documento, as coordenações regionais e nacionais das Pastorais Sociais e Organismos da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, assumem o compromisso de participar do 16º Grito dos Excluídos e da organização do Plebiscito Popular. “Esta decisão tem como base a consciência de que a democratização da terra através da reforma agrária é uma luta histórica do povo e uma exigência ética afirmada pela CNBB há décadas. É também a realização de um gesto concreto proposto pela Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010.” (...).


O leitor talvez não saiba, mas sobre a necessidade da Reforma Agrária não é só a CNBB que pensa assim. Os principais líderes comunistas do mundo inteiro sempre pensaram do mesmo modo, colocando a implantação dessa reforma como o objetivo principal de sua inglória luta. Com o resultado sempre conhecido de miséria e desolação. Para não irmos mais longe, é só olhar para o resultado dos assentamentos da Reforma Agrária no Brasil: verdadeiras favelas rurais!


Além do mais, segundo o Papa Leão XIII, o direito de propriedade é um direito natural decorrente da própria condição livre do homem. Sendo livre, o homem é dono de si; e sendo dono de si (de seu corpo – atenção, agro-abortistas!), também o é de seu trabalho. E o que é a propriedade senão o fruto condensado do trabalho humano? Ela poderá ser maior ou menor em função do que o homem tiver conseguido amealhar honestamente. Portanto, não é o povo nem o governo que deve deliberar sobre o tamanho da propriedade: é o próprio homem e sua capacidade de produzir e economizar.

Negar tal direito seria – como o fazem os regimes comunistas – reconhecer que o homem deve ser escravo, realidade comum nos referidos regimes.

É isso que a CNBB deseja?

Também, para que os católicos brasileiros pudessem estar devidamente informados, a CNBB teria sido mais honesta e transparente se tivesse dito ao lado de verdadeiramente quem ela está lutando (ou seja, dos comunistas), pois esse povo ao qual ela atribui a “luta histórica” pela Reforma Agrária simplesmente não existe no Brasil. O que existe são os magotes de agitadores do MST, bem como dos movimentos indígena e quilombola dirigidos pela CPT, pelo CIMI e congêneres, que tentam inutilmente insuflar no bom povo brasileiro a luta de classes e de raças tão querida do comunismo.

Mas felizmente essa opinião sobre a divisão socialista das propriedades não é unânime no seio da CNBB. Por exemplo, o Bispo de Jequié (BA), Dom Christiano Krapf, publicou recentemente uma lúcida e corajosa declaração sobre o projetado plebiscito turbinado pela CNBB, que cumpre levar ao conhecimento dos brasileiros preocupados com o destino da Nação. Ei-la:

Campanha de Embolar o Campo com “Plebiscito” Popular

Dom Cristiano Krapf, Bispo de Jequié, BA

Diante da pobreza de milhões de brasileiros nesta terra tão rica em recursos naturais, até pessoas bem intencionadas se deixam instrumentalizar por adeptos de uma ideologia anticapitalista e antineoliberal que ainda tem a ilusão de construir uma sociedade mais justa pelo atalho da luta de classes.

Já no último dia da Reunião dos Bispos em Brasília tivemos um breve tempo de estudo em grupos e apresentação de emendas para um texto de 55 páginas sobre a Questão Agrária, com a proposta de envolver a CNBB numa campanha para limitar por lei arbitrária o tamanho de propriedades rurais.

Faz muito tempo que tal projeto é tramado nos bastidores de setores que desejam radicalizar a reforma agrária. Ainda achei uma brecha para dizer que seria muito melhor insistir na exigência da função social de toda propriedade, em vez de perturbar o trabalho de pessoas que fazem a terra produzir. Tentei oferecer um texto crítico que fiz às pressas com argumentos razoáveis contra a tentativa de atacar e atrasar o desenvolvimento de uma agricultura moderna num país com a vocação de ser o celeiro do mundo neste século de perspectivas ameaçadoras de conflitos crescentes por alimento, por energia e por água.

Não conseguindo distribuir a todos o meu texto sobre o tal plebiscito, o mandei aos colegas pela internet, junto com outro mais elaborado sobre a Questão Agrária para Bispos, que ainda está guardado no meu Blog, porque se refere à primeira versão do texto da CNBB, do qual ainda não vi a versão final.

Quando questionei o envolvimento oficial da CNBB numa campanha contra grandes propriedades rurais que só servirá para agitar ainda mais o ambiente rural, recebi a resposta que não seria publicado um documento na coleção azul, mas apenas um texto para estudo na coleção verde. No entanto, já começou a campanha com a coleta de assinaturas e com a mobilização do povo para o grito dos excluídos. Quem não participar, será criticado como se não estivesse interessado na melhora de vida do homem do campo.

Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. Isso ficou claro quando alguns queriam mobilizar a Igreja toda contra projetos de transposição de água do São Francisco e de hidroelétricas na Amazônia.
Pessoalmente, não vejo por que todos os bispos deviam marchar unidos contra projetos complicados que dividem as opiniões dos envolvidos e dos entendidos. Vejo que muitos fabricam argumentos para justificar seus objetivos, em vez de escolher seus objetivos de acordo com a verdade objetiva da razão.

Precisamos cuidar da unidade na doutrina, na liturgia, na solidariedade. Em questões de política econômica, não cabe à CNBB impor seus pontos de vista a ninguém. As opiniões de cada bispo valem de acordo com o peso dos seus conhecimentos manifestados nos seus argumentos. Viva a liberdade!

Não quero impor as minhas opiniões. Quero apenas oferecer meus argumentos pessoais aos interessados no assunto, e deixar claro que nenhum católico é obrigado a participar de uma campanha promovida por uma entidade qualquer, mesmo que conte com o apoio de setores da CNBB. Ninguém pode exigir que todo católico venha embarcar na canoa furada desse “plebiscito”. Tal campanha contra o tamanho das propriedades rurais só fará aumentar os conflitos no campo. Quem sobreviver verá.

Na proposta que surgiu na nossa Assembléia faltou definir coisas importantes:

1) Qual deve ser o tamanho limite das propriedades?
2) A desapropriação será com indenização ou por confisco sumário?
3) Quem receberá a terra pronta e as benfeitorias de presente? O invasor que chegar primeiro? Os amigos dos donos do poder?

Agora, o Forum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, FNRA, já diz qual deve ser o Limite da Propriedade: 35 módulos fiscais Um manual recente do FNRA explica que um módulo tem entre 5 e 110 hectares. Segundo o INCRA, em regiões de São Paulo boas para culturas permanentes um módulo tem dez hectares. Portanto, propriedades que ultrapassam 350 hectares serão desapropriadas.

Com as leis atuais que protegem fazendas produtivas, já acontecem invasões de áreas plantadas. Aqui na Bahia, invasores de terras alheias cortaram pés de eucaliptos com o argumento tolo que pobre não come madeira. Alguém imagina que grandes plantações de laranja, de café, de cana, de soja, de eucaliptos, seriam entregues sem resistência ao primeiro invasor que chegar? Ou será que ainda existem movimentos que sonham com revolução?

No sertão difícil, os módulos são bem maiores, mas o pessoal não dorme no ponto. Vão procurar as regiões melhores. Já existem assentamentos que produzem pouco, mas onde receberam casas perto de cidades. Outros procuram lugares de futuro turístico. Assentamentos no interior do sertão só sobrevivem enquanto continuam recebendo ajuda.

Resumindo, a proposta do FNRA é esta: Confiscar as grandes fazendas:

Áreas acima de 35 módulos sejam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.

Jequié, 17 de Julho de 2010+ Cristiano Krapf

terça-feira, 20 de julho de 2010

Chaveropapismo

Se o leitor estiver tendo a paciência de ler este artigo no dia 21 de julho de 2010, não deixe de rezar uma jaculatória pelo cardeal-arcebispo de Caracas, D. Jorge Urosa Savino, que talvez nesse mesmo momento esteja dando explicações à Assembléia Nacional de seu país sobre “por que condena o socialismo do século XXI” de Hugo Chávez.

Sua convocação partiu do majoritário Partido Socialista Unido da Venezuela. Mas o jornal espanhol “El País” (20/6/2010) informa que o governo venezuelano não estaria contente com o comparecimento do prelado apenas ao Congresso; Hugo Chávez o exortou a dar explicações também ao Tribunal Supremo de Justiça.

Quais são os “crimes” imputados ao cardeal?

Ter declarado em Roma que o presidente Chávez “passa por cima da Constituição” e pretende conduzir o país “pelo caminho do socialismo marxista, que é totalitário e conduz a uma ditadura”. Ele também é acusado de participação no golpe que derrubou Chávez durante 48 horas em 2002 (desse tipo de golpe que não dá em nada e que a gente fica com séria desconfiança de ter sido promovido pelo próprio governo para depois este sentir-se livre para incriminar quem quer que se lhe oponha).

No dia 5 de julho, durante a cerimônia de comemoração dos 199 anos da Independência, Hugo Chávez – na presença do Núncio Apostólico, Mons. Pietro Parolini –, após referir-se ao Arcebispo de Caracas dizendo que “este senhor Urosa é indigno de chamar-se cardeal”, repetiu várias vezes que ele era um “troglodita”. Dirigindo-se depois ao Núncio, vociferou: “Mande uma mensagem a Sua Santidade: enquanto mandarem estes bispos aqui, lamentavelmente nos sentiremos bem afastados da hierarquia da Igreja católica”.
Chávez – que declarou recentemente não reconhecer o Papa como embaixador de Jesus Cristo, pois, segundo ele, tal embaixador é o povo – num delírio chaveropapista queixou-se ainda do fato de o Sumo Pontífice não tomar em consideração sua opinião sobre quem nomear para cardeal e para bispo: “Mandei dizer ao Papa que eu tinha meu candidato, que é um senhor que deveria ser supercardeal porque o merece”, referindo-se a D. Mario Moronta, bispo de San Cristóbal. Este último, entretanto, apesar de suas posições progressistas, repreendeu o presidente pelas suas palavras e se solidarizou com o Arcebispo de Caracas.

Este é o país onde há "excesso de democracia”!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando será estabelecida uma Nurenberg para julgar os casos das vítimas do comunismo? – Eis uma nova e estarrecedora descoberta.

Stalinismo: fossa comum com os restos de 495 pessoas

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 julho de 2010


MOSCOU – Os ossos descobertos na periferia de Vladivostok, no Pacífico sul, pertencem a centenas de vítimas do terror staliniano, mortos pela NKVD, a polícia política “precursora” da KGB. As autoridades locais o confirmaram com base nos resultados reunidos pelos especialistas de medicina legal.

A macabra descoberta ocorreu no corrente mês, mas sua confirmação só chegou agora: trata-se de esqueletos de nada menos 495 pessoas, a maioria com sinais de disparo na nuca, e de umas 3,5 toneladas de outros ossos, trazidos à luz numa fossa comum por operários empenhados em trabalhos na estrada. O prefeito de Vladivostok emitiu um comunicado, no qual afirma que “a hipótese de que os restos pertencem a vítimas da repressão está confirmada”.

As vítimas, segunda conclusão da perícia, foram mortas presumivelmente durante o “grande terror” dos anos 30 do século passado, quando milhões de cidadãos soviéticos foram fuzilados ou eliminados nos campos de trabalhos forçados siberanianos do Gulag, do qual Vladivostok era um centro de desova. Agora os restos serão sepultados num memorial.

sábado, 17 de julho de 2010

Lei da palmada é uma bofetada
na face dos pais brasileiros

Sim, caro leitor, ao pretensamente defender as crianças de palmadas de seus pais, o governo Lula acaba de desferir na face destes uma violenta bofetada.

Ele o fez ao negar através desse infeliz decreto – na mesma linha do PNDH-3 – o pátrio-poder, afirmando implicitamente que a educação dos filhos é atribuição do Estado, que pode ditar normas aos pais. O que é falso, porque a instituição familiar antecede o Estado e não pode ser invadida por ele. O que só acontece nos regimes totalitários.

É com medidas assim que se põe em execução o extenso e dramático Programa Nacional de Direitos Humanos.

Sem se incomodar com a contradição, o mesmo PNDH-3 defende o aborto. Ou seja, antes de nascer, aquela mesma criança contra a qual não se admite sequer uma palmada dos pais pode ser brutalmente triturada com o consentimento da mãe!

Vemos assim dois direitos fundamentais da pessoa humana sendo negados por um Programa destinado em princípio a defender os direitos humanos: o pátrio-poder e o direito à vida... menos importante que uma palmada!

O comunismo morreu?

Àqueles que, apesar de todas as evidências, ainda insistem em dizer que o comunismo morreu, eis uma recentíssima prova em sentido contrário:

A Rússia dá mais poder aos espiões do FSB

Os cidadãos poderão ser convocados e advertidos sem prova. – Oposição: “Como no tempo da URSS”.

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 de julho de 2010

MOSCOU – Com 350 votos a favor, em maioria proveniente do “partido do poder” Rússia Unida e no meio de muita polêmica, a Duma aprovou definitivamente uma lei ampliando os poderes do FSB – o Serviço federal de segurança herdeiro da KGB. A lei agora passa ao Conselho da Federação e depois para assinatura do presidente Dmitrij Medvedev.

De acordo com a nova norma, um oficial do FSB ou seu substituto pode convocar qualquer cidadão, mesmo com ausência de prova e só com base em suspeita, e comunicar-lhe uma advertência “sobre a inadmissibilidade de ações que criam condições para o cumprimento de ofensas criminais”. A nova lei prevê também o agravamento de pena pelo descumprimento de “uma legítima demanda ou disposição de um agente do FSB” e pela “resistência à execução do agente dos seus deveres de ofício”. As sanções vão de prisão por 15 dias e 500-1000 rublos de multa a 10-50 mil rublos.

Os ativistas de direitos humanos expressaram o temor de que a nova lei seja dirigida contra os opositores e se torne pretexto para silenciar quem é de opinião diferente da do Kremlin. Na quinta-feira, o presidente Dmitrij Medvedev, durante uma conferência de imprensa com a chanceler alemã Ângela Merkel em Ekaterinburg, havia reconhecido que a lei havia sido preparada por sua direta disposição. Respondendo à pergunta de uma jornalista alemã, Medvedev refutou a crítica, afirmando tratar-se “de uma lei interna nossa e não de um ato internacional”. Ainda na quinta-feira, antes de Medvedev fazer seu reconhecimento, um grupo de opositores lhe dirigiu uma carta aberta pedindo para não assinar a nova lei. Ontem, após a decisão da Duma, cerca de 80 expoentes da oposição endereçaram uma mensagem al presidente do Conselho da Federação, Sergej Mironov.

Entre os firmantes estão Genri Reznik, presidente da Ordem dos Advogados de Moscou, e Oleg Orlov, chefe da organização “Memorial”. Eles observam que “a opinião pública na Rússia e no exterior já se deu conta de que a nova lei restitui ao FSB os poderes do serviço secreto do regime totalitário”. Os firmantes dizem que os poderes do FSB na Rússia já superaram “todo o limite do razoável”. Em sentido contrário, o vice-diretor do FSB, Jurij Gorbunov, declarou que os novos poderes de sua organização lhe permitirão combater mais eficazmente o terrorismo.



terça-feira, 13 de julho de 2010

Divórcio on-line

Com o divórcio on-line – como a dissolução do vínculo conjugal poderia ser denominada, a partir da aprovação pelo Congresso da PEC 66 –, é a família brasileira que recebe seu tiro de misericórdia.

Com efeito, a partir do momento em que o divórcio entrou em vigor no Brasil, em 1977, por efeito de um decreto do então presidente Geisel – e ante o vergonhoso silêncio do Episcopado nacional –, ficou aberta para os casais a porta até então fechada que lhes tornava em larga medida possível o cumprimento do voto feito no casamento: fidelidade em todos os transes, nas tristezas como nas alegrias etc.

Dada a fragilidade humana, a sabedoria e a prudência mandam que se dificultem as circunstâncias nas quais possamos tomar decisões contrárias ao bom senso, aos nossos próprios interesses e aos de nossos filhos. Talvez a mais importante dessas circunstâncias se dê precisamente em relação ao casamento, base e condição para a constituição e prosperidade da família, o qual, para alcançar seu objetivo, deve começar por ser ele mesmo forte.

Ora, porquanto essa porta estivesse então fechada, a oração, o tempo e a paciência faziam o mais das vezes com que as dificuldades e os desencontros inerentes à existência humana neste vale de lágrimas fossem sendo aos poucos sanados no recinto do lar. E a vida familiar seguia seu curso através das décadas.

Quando de todo não dava para os cônjuges permanecerem juntos, havia a figura do desquite – não contrária, como o divórcio, à moral católica –, por onde os corpos se separavam, mas o vínculo permanecia.

Com o divórcio, contudo, isso acabou. Pois a porta numa primeira etapa aberta – gerando todas as trágicas conseqüências que conhecemos, em especial para os filhos –, agora escancarou, propiciando que seja muito maior o número e mais céleres os passos dos que a transporão em busca de uma nova vida de felicidade sem sacrifícios que eles esperavam encontrar no casamento indissolúvel...

E como tudo agora é on-line, se também este não der certo, é só apertar delete e em seguida um search, em busca de outra quimera. E assim sucessivamente.

Creio que desse jeito nem na União Soviética, embora a extinção da família sempre tenha sido um dos postulados básicos do comunismo. E tudo isso ainda é festejado por políticos e pela mídia como uma grande conquista!

domingo, 11 de julho de 2010

Espanha campeã: meu barbeiro já previra


Não é necessário ser profeta para prever o desenlace das atuais Copas do Mundo. Meu barbeiro, muito antes de iniciar-se esta última, já havia acertado na mosca: “A Espanha vai ganhar!”.

Com efeito, de há muito essa competição de esportista se tornou política, e seus resultados se tem conformado com certas necessidades internas de determinados países.

Além de sua tradicional e popular tourada – que enfrenta cerrada campanha de pacifistas que a querem ver abolida –, o que mais importa atualmente na Espanha é a truculenta lei de aborto que o governo socialista acaba de implantar, pela qual a idade para matar cai para os 16 anos, e para morrer sobe para 14 semanas.

Tal lei vem causando enorme reação em todo o país, até mesmo na classe médica e sanitária em geral, cujos membros se recusam a matar os inocentes. E nada neste momento poderia ser mais oportuno para os socialistas do que uma vitória na Copa do Mundo, para tentar assim encher a opinião pública de otimismo e ao mesmo tempo desviar o foco das atenções. – Conseguirão?

E a Espanha – que, importa reconhecer, possui muitos valores bem superiores ao futebol – ganhou logo de quem? Da Holanda, país onde tanto o aborto quanto as piores aberrações morais são oficialmente permitidas, e que é também conhecido pelo fato de seus navios abortistas ancorarem próximo à costa de países onde essa lei assassina não vigora, para realizá-los ali.

– Mera coincidência?

Conclusão: sejamos sempre simples; simplórios, não!