Zapatero, por qué no te callas?
O governo espanhol do primeiro-ministro José Luis Zapatero criticou a instalação de bases americanas na Colômbia, numa clara ingerência nos assuntos internos deste país. Ele faz assim coro com Hugo Chávez, Lula e demais presidentes populistas que enxameiam a América Latina.
Ninguém ouviu dele, nem dos referidos presidentes, qualquer censura quando a Rússia fez manobras militares conjuntas com a Venezuela, no início deste ano; nem quando o governo colombiano, com provas na mão, mostrou a colaboração dos governos venezuelano e equatoriano com as FARC; nem quando um antigo refém das FARC denunciou em recente livro a presença de helicópteros chineses nos acampamentos guerrilheiros.
Como se sabe, há tempos que a Espanha vive às voltas com a ETA, grupo terrorista responsável por inúmeros atentados e assassinatos. O que Zapatero diria da França, ou dos outros países vizinhos da Espanha, se estes, ao invés de colaborar no combate aos terroristas etarras, lhes prestassem colaboração, os acolhessem em seus respectivos territórios, e lhes dessem inclusive empregos? Não protestaria indignado?
Pois é isso que fazem os vizinhos da Colômbia, que colaboram com as FARC fornecendo-lhe armas, como foi o caso recente da Venezuela; ou permitem que membros delas utilizem seu território e lhes dêem dinheiro sujo para se eleger, como sucedeu com o presidente do Equador; ou ainda acolhem e mantêm guerrilheiros farcistas em seu território, como é o caso do Brasil em relação ao padre Oliverio Medina, “embaixador” das FARC, e de sua companheira, para a qual inclusive foi arranjado emprego na Secretaria de Pesca.
Cuide dos assuntos da Espanha, primeiro-ministro Zapatero, e não deseje aos outros países aquilo que não gostaria para o seu. Faça algo de positivo: poupe as vidas de seus inocentes concidadãos, impedidos pelo seu governo de ver a luz do sol em decorrência de uma ímpia lei de aborto que não respeita sequer os sete meses de gestação! E não interfira numa nação nobre como a Colômbia, atacada interna e externamente por adversários soezes que se porfiam em lhe arrebatar a liberdade de seguir seu próprio caminho.
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