domingo, 27 de março de 2011

Guerra santa em plenário

Com o título acima, a jornalista Isabella Souto publicou matéria no "Estado de Minas" (26/3/2011), na qual informa que os vereadores e a população de João Monlevade, a 108 km de Belo Horizonte, estão em pé de guerra após o presidente da Câmara dos Vereadores - um pastor evangélico conhecido por Carlinhos (PV) - retirar o Crucifixo do recinto sob a alegação de que sua presença fere a Constituição.


Já houve por causa disso acaloradas discussões no plenário, cujas deliberações foram momentaneamente interrompidas no dia 23 de fevereiro por uma manifestação popular. Numa faixa podia-se ler: "Católicos se manifestam por Crucifixo. A Comunidade de JM exige respeito pela relíquia da Cruz".


"Uma semana depois - escreve a articulista - uma representante da Paróquia São Luiz Maria de Montfort aproveitou o intervalo da reunião ordinária para encostar um crucifixo no rosto do presidente da Casa. O objetivo, segundo ela, era sensibilizar o parlamentar para que retorne com a imagem de Cristo crucificado".


A matéria informa ainda que alguns padres também entraram na briga, tentando sem sucesso convencer o presidente da Câmara a devolver o Crucifixo. Está circulando na cidade uma carta assinada por sete deles, na qual falam de "intolerância religiosa", e afirmam: "Sim, o Estado é laico, mas não é antirreligioso! Não é confessional, mas também não é intolerante".


Em vista da irredutibilidade do presidente da Câmara, um dos vereadores sugeriu a realização de uma consulta popular. Também está marcada para o próximo dia 6 de abril uma nova manifestação de católicos em frente da Câmara.


O exemplo de intolerância religiosa de João Monlevade é ilustrativo de um dos modos como o PNDH-3 vai gerando seus efeitos: aqui, lá e acolá, Carlinhos há que o vão aplicando, sem que a responsabilidade direta recaia sobre o governo federal.



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