O jornal madrilense “El País” (21/04/2011) informa que durante entrevista em Buenos Aires, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010, declarou que votará “sem alegria e com muitos temores” no candidato de esquerda Ollanta Humala, fazendo um apelo aos peruanos a secundá-lo.
E acrescentou: “Minha esperança é que o que o candidato Humala diz agora seja verdade”.
Humala agradeceu o apoio do escritor: "Agradecemos o apoio de Vargas Llosa, assim como o de milhões de peruanos. Não pedimos um cheque em branco nem que nos presenteiem a confiança, a confiança deve ser ganha”.
Numa clara ingerência nos assuntos internos do Peru, a campanha de Humala está sendo assessorada desde janeiro pelos petistas Luis Favre e Valdemir Garreta, tendo contado ainda com a colaboração de João Santana, o marqueteiro que elegeu Lula em 2002 e atualmente assessora a presidente Dilma Roussef. Humala saiu à frente no primeiro turno.
O novo perfil arranjado pelo marqueteiro para distanciar o candidato peruano da imagem de aliado de Hugo Chávez é o mesmo “Lulinha paz e amor” que ele utilizou com sucesso para afastar do eleitorado brasileiro os temores em relação a Lula.
É chegado, pois, o momento de num continente coalhado de hienas populistas e petistas amamentadas pelo leite da Teologia da Libertação, saírem, pressurosos e decididos, mas afetando receio, os expoentes da Quinta-Coluna em defesa do candidato esquerdista peruano. São eles os intelectuais, clérigos, políticos e empresários que só vêem perigo no ressurgimento da direita, ali representado pela candidata Keiko Fujimori.
Pela inapreciável colaboração que prestam à causa comunista, para eles bem se poderia instituir um “Prêmio Nobel da Quinta-Coluna”.
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