domingo, 12 de julho de 2009

A mídia e satanás


A mídia – refiro-me sobretudo à grande – age de modo geral como dócil instrumento de satanás. Como seu mestre, ela excita o quanto pode as paixões humanas pela divulgação de novelas, fotografias e textos imorais, e quando as vítimas culposas pela inoculação de tais matérias os transformam em ato, a mesma mídia lhes cai em cima com uma virulência infernal: são assassinos, estupradores, pedófilos, ladrões etc.

Sem eximir evidentemente de culpa essa categoria de pessoas, torna-se óbvio que os divulgadores da imoralidade infrene têm ponderável fatia de responsabilidade pela sua incidência nos respectivos crimes.

Pergunto: ao serem exibidas novelas onde cenas de infidelidade, de homossexualismo, de drogas, de toda sorte enfim de imoralidade são comuns, estão ou não seus divulgadores promovendo os divórcios, os abortos, os estupros, os crimes, a pedofilia e a homossexualidade que se dão depois na vida real? Participa de um crime não somente quem o pratica ou encomenda, mas também quem cria as condições para ele se realizar.

A mídia grita quando se fala de censura. Mas o que é mais grave: censurar os abusos dela, cujos amargos frutos dilaceram a sociedade, ou dar livre curso a tudo quanto ela dissemina de mal? Ou a mídia se julga mais importante do que toda a sociedade a ponto de considerar um simples limite aos seus intoleráveis abusos mais importante do que o tremendo mal que estes exercem sobre todo o corpo social?

Agindo assim, ela reclama para si o que censura nas piores ditaduras: calcar aos pés os mais lídimos direitos do indivíduo e da família à moralidade e à honra. E se transforma numa plutocracia acima da moralidade, da lei e do bem comum do País.

Como seu mestre – PhD por excelência na matéria – a mídia mente e manipula de modo sistemático. Quando não omite ou distorce tudo aquilo que não lhe convém.

Um exemplo de mentira. A mídia reboa a todo instante, como se fosse um dogma científico, a questão do aquecimento global. Ora, não somente isto não está provado como pelo contrário vem sendo seriamente contestado por incontáveis cientistas de renome mostrando tratar-se de uma balela. Há poucos meses, em Londres, enquanto cientistas “aquecidos” faziam um congresso para debater o tema, a neve caía lá fora como não acontecia há várias décadas...

Um exemplo de manipulação. Um matutino paulista com reputação de conservador, comentando notícia de opositores chavistas que danificaram uma estátua de Che-Guevara, deu à mesma o seguinte título: “Vandalismo”. Ou tantos jornais que se referem aos ladrões como “supostos” assaltantes e aos policiais como façanhudos e intransigentes; aos do MST como agricultores sem-terra e aos proprietários rurais como latifundiários ou suspeitos de praticar trabalho-escravo.

Um exemplo de omissão. Houve no mês de maio, na Espanha, grandes manifestações populares contra o aborto que reuniram milhões de pessoas. Pergunto quantos viram manchetes, ou mesmo meras notícias delas, estampadas em nossos jornais. Mas se meia dúzia de gatos pingados promovem análoga manifestação em defesa do aborto ou do “casamento” homossexual, a mídia é sôfrega em dar grande destaque.

Um exemplo de distorção. O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ligado ao bloco bolivariano liderado por Hugo Chávez e protegido por Lula, à imitação dos ditadores que pululam na América Latina, tentou dar um golpe branco para se perpetuar no poder. Assim, em claro atentado à Constituição que proíbe a reeleição, convocou um plebiscito apoiado tão escandalosamente pela Venezuela que até mesmo as urnas e as cédulas (“milagrosas”) provinham daquele país. As forças vivas de Honduras se opuseram indignadas, e a Corte Suprema – que já havia admoestado Zelaya sobre a inconstitucionalidade de sua intenção – o declarou deposto. Em seguida ele foi expulso do país pelo exército. Estes foram os fatos.

Segundo a inversão dada dos mesmos pela mídia, foram golpistas as autoridades constituídas de Honduras, não o candidato malogrado a ditador! Isso porque Zelaya é lulo-chavista, e de direita essas autoridades. Veja o leitor – en passant – a afinidade da imoralidade com a esquerda. Em geral, os mesmos que promovem a primeira são adeptos da segunda.

É possível que corifeus da mídia, não querendo simplesmente ignorar quanto sobre ela está escrito nestas modestas considerações (à maneira demônio, que com freqüência faz ouvidos moucos às ordens do exorcista), saiam com tiradas sarcásticas na linha do vade retro, satana. Se o fizerem, estarão mais uma vez dando mostra de docilidade ao velho mestre, que quando responde o faz com molecagens...




2 comentários:

Paulo Roberto Campos disse...

Minhas calorosas felicitações por este post! ESTÁ DENÚNCIA !

Este seu artigo-denúncia poderia também ser intitulado "J´ACCUSE!" -- à maneira do mundialmente célebre manifesto de Emile Zola no "affaire Dreyfus" (fins do séc. XIX).

Se eu tivesse meios, desejaria imensamente obrigar a "grande mídia" a publicar um "J´Accuse" desses contra os órgãos de divulgação à serviço do demônio e seus sequazes. Se uma publicação dessas se fizesse, seria propriamente "obrigar o demônio a segurar a vela"...

A certos ouvidos, poderá soar meio exagerado tal vinculação da mídia com o "pai da mentira" (o demônio), mas se analisarmos seriamente o que a mídia publica, não se chega a outra conclusão.

Hodney Fortuna disse...

O post é um retrato fiel do comportamento da mídia. Infelizmente posso achar ou até concluir que pela penetração nos nossos lares e na opinião pública a mídia se aproveita da difusão não só para dar textos de atualidade como também em sua maioria destruir a moral. Isso é um fato incontestável.