Acabo de ler, com espanto e indignação, as declarações do chileno José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), após sua malograda visita a Honduras: “Minha conclusão é a de que a ruptura da ordem constitucional persiste e que os que fizeram isso não têm de momento nenhuma intenção de reverter a situação”.
Ou seja, segundo ele a ordem constitucional foi rompida, não porque o presidente Manuel Zelaya desrespeitou a Constituição ao tentar realizar um plebiscito vedado pela mesma, mas porque as forças vivas da nação, lideradas pelo Poder Judiciário, impediram esse desrespeito e afastaram o infrator!
De mais a mais, a de Zelaya não foi uma ruptura qualquer. Pois o que ele de fato pretendia com o plebiscito era aplicar em Honduras o mesmo esquema já utilizado com sucesso pelo socialo-chavismo no Equador e na Bolívia: com base em consulta popular (não isenta de alto risco de fraude), perpetuar-se – e ao sistema – no Poder. Esquema – diga-se de passagem – elogiado como modelo de democracia para o Continente pelo secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, durante conferência em Lima.
A atitude do Sr. Insulza espanta ainda mais porquanto acena para a possibilidade de expulsar Honduras da OEA pouco depois de nela readmitir Cuba (que continua sangrando sob o tacão de seus ditadores), inoculando assim, no próprio seio, o câncer comunista que os hondurenhos corajosamente repelem.
Nolens, volens, o secretário-geral da OEA obedeceu às injunções do bloco bolivariano (visto com franca simpatia pelos presidentes Barack Obama e Lula), cujo objetivo confessado é a implantação do socialo-comunismo em todo o Continente. Bloco que inclusive inventou a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) para substituir a OEA!
Secretário-geral da OEA, o Sr. Insulza fez na prática a política de embaixador da ALBA!
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