sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Rússia empreende um vasto
programa de privatizações

De acordo com notícia da AFP veiculada pelo jornal “Le Monde” (20-10-2010), o vice-primeiro ministro russo, Igor Chouvalov, anunciou nesta quarta-feira, 20 de outubro, que o governo russo aprovou um programa de privatizações num montante estimado de 42 bilhões de euros (96 bilhões de reais) em cinco anos. A lista compreende novecentas empresas, entre as quais figuram a petroleira Rosneft, o banco semi-estatal Sberbank, ou ainda o banco estatal VTB, o segundo do país em termos de ativos. “Segundo os dados preliminares, graças à realização do programa de privatizações, o governo poderia receber 1.800 bilhões de rublos” (42 bilhões de euros), declarou o Sr. Chouvalov, citado pela agência Ita-Tass.

A lista apresentada hoje, que compreende as empresas consideradas estratégicas, deverá ainda ser assinada pelo presidente Dmitri Medvedev. Relativamente ao grupo Rosneft, o governo russo está pronto para vender 15% das ações nos próximos cinco anos e a perder seu controle após 2015. Para a sociedade das ferrovias russas, a RJD, Moscou pretende entre 2013 e 2015 vender no mercado 25% menos uma ação. No tocante ao Sterbank, pretende reduzir a participação do banco central russo (BCR) entre 2011 e 2014, indicou o Sr. Chouvalov, sem dar mais detalhes sobre o pacote de ações que será posto à venda. Por fim, o vice-primeiro ministro confirmou a vontade do governo de vender 10% dos ativos do banco VTB em 2010, de se separar ainda de um pacote de 10% em 2011, e de outra parte compreendida entre 10% e 15% em 2012.

No fim de julho, as autoridades russas haviam anunciado o estabelecimento de uma lista de empresas estatais ou semi-estatais que serão parcialmente postas à venda entre 2011 e 2013. Esta nova onda de privatizações, a maior depois dos anos 1990, tem por objetivo contribuir para a modernização do país e controlar seu déficit orçamentário.

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Como se vê – comentamos –, através destas privatizações a Rússia pelo menos não se envergonha de implicitamente reconhecer que a estatização socialista levada a cabo durante 70 anos pelo regime comunista foi causadora da ruína econômica do país, nem de que a sua recuperação só é possível com o recurso à livre iniciativa e à propriedade privada.

Que o exemplo russo sirva de lição aos socialistas tupiniquins ainda aferrados às teorias marxistas desastrosas e obsoletas!

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