No segundo turno das eleições municipais francesas, ocorrido no dia 16 de março, prevaleceu a tendência observada no primeiro, ou seja, um recuo das forças da direita em benefício do Partido Socialista. Com efeito, este conquistou 24 das 36 cidades com mais de 100 mil habitantes, arrebatando ainda à direita 38 localidades com mais de 30 mil habitantes. Tanto o Partido Comunista como a extrema-direita de Le Pen obtiveram resultados inexpressivos.
Contudo, mais do que um avanço da esquerda, o que se observou foi um castigo infligido a Sarkozy por 35% da população de centro-direita que se abstiveram de votar. Não é temerária a afirmação, pois é sabido que o eleitorado de esquerda é disciplinado e não se abstém. Quanto mais no longo e tenebroso inverno político em que se encontra!
Se no próximo quatriênio que ainda tem à sua frente o presidente Sarkozy decidir “queimar o que adorou e adorar o que queimou”, reconciliando-se com a opinião pública que o elegeu com folgada margem de votos há apenas 10 meses, e encetar uma política consoante com as suas aspirações, terá tudo para reverter a situação; caso contrário, esta não fará senão piorar.
quinta-feira, 20 de março de 2008
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