As eleições legislativas espanholas de 9 de março confirmaram o atual chefe socialista de governo, José Luis Zapatero, para o próximo quatriênio. Só que seu partido, o PSOE, contrariamente à folgada maioria esperada – necessitava de 176 cadeiras para constituir maioria – obteve uma vitória de meia-sola: 169 assentos, contra 153 do oposicionista Partido Popular (PP).
Para aprovar seus projetos, Zapatero precisará agora do apoio do partido catalão de centro-direita CIU, com 11 deputados, porquanto os demais partidos de esquerda não possuem representantes suficientes para assegurar maioria ao PSOE.
Muito curiosamente, repetiu-se o sucedido em 11 de março de 2004, quando um grande atentado terrorista em Madrid viabilizou sua ascensão ao poder. Também agora Zapatero se beneficiou de um atentado atribuído ao ETA dois dias antes do prélio, na localidade basca de Mondragón. A vítima fatal foi um ex-vereador do PSOE, e o crime – fartamente noticiado pela mídia – causou grande comoção nacional, auferindo votos para o partido.
Este segundo governo, contudo, não será fácil para o primeiro-ministro socialista, o qual já adiantou que evitará “crispações”. Se na refrega eleitoral Zapatero se defrontou com um opositor medíocre como Mariano Rajoy, terá agora de enfrentar pelo menos uma metade mobilizada da Espanha, que tem manifestado cada vez mais sua indignação ante a destruição de seus fundamentos tradicionais e católicos pelo PSOE.
terça-feira, 11 de março de 2008
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