Eleito com ampla margem de votos pelo eleitorado de direita no início de 2007, o presidente francês Nicolas Sarkozy demorou menos de um ano para decepcionar esse mesmo público, transformando-se em coveiro de suas esperanças.
Como candidato, ele entusiasmou os conservadores com um discurso de apoio à família e às instituições tradicionais, e de franca oposição às idéias libertárias e anárquicas de Maio de 1968. Depois de eleito, contudo, passou a decepcioná-los. Primeiro ao convidar políticos socialistas para compor seu governo, preterindo aliados, e depois por escândalos na sua vida privada, ao contrair terceira união com uma modelo.
Fatos como esses tiveram notável repercussão no primeiro turno das eleições municipais de 9 de março na França, servindo para desestimular o eleitorado conservador e revigorar as minguadas forças do decadente Partido Socialista. Este saiu vencedor por pequena margem de votos, prevalecendo na maioria das grandes cidades, mas perdendo no interior, quadro passível de ser revertido no segundo turno de domingo próximo.
A esta altura os esquerdistas já devem ter dito: “Merci, Sarkozy!”
terça-feira, 11 de março de 2008
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