Por injunções do calendário, o encontro de Lula com Sarkozy na Guiana Francesa acabou ocorrendo poucos dias após as impressionantes manifestações de 10 milhões de colombianos no último dia 4, contra as FARC. E como o tema do acordo humanitário na Colômbia esteve na pauta, a reunião só teria sentido se neste particular atendesse aos anseios do povo livre e independente da Colômbia. Ou seja, exigir pura e simplesmente das FARC uma imediata e completa entrega de todos os reféns, sem qualquer contrapartida!
O que não for isso é inaceitável. E leva qualquer pessoa sensata a suspeitar se os outros tão noticiados “pourparlers” desse encontro não seriam “bois de piranha” para despistar uma solução falsamente conciliadora no nevrálgico cenário colombiano. Neste propósito, buscariam uma síntese entre a posição de Chávez (que advoga o reconhecimento das FARC como grupo insurgente) e a da dupla Sarkozy-Lula (que não tem uma posição intransigente em relação às mesmas FARC). Síntese na qual a grande beneficiada seriam as agonizantes FARC, uma vez que é impossível uma pretensa posição eqüidistante entre o bem e o mal, o crime e a justiça.
Que abram os olhos os colombianos e não colombianos!
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