As coisas definitivamente não vão bem para Hugo Chávez. Após duas derrotas políticas – primeiro no referendo de dezembro para reformar a Constituição, depois na intermediação dos reféns das FARC –, ele acaba de ser ferido na jugular, o petróleo. A Venezuela é o oitavo produtor mundial e o quarto exportador para os EUA depois do Canadá, do México e da Arábia Saudita.
Com efeito, a líder mundial do ramo – Exxon Mobil –, após sofrer em 2007 processo de expropriação na Venezuela, já ganhou quatro ações em tribunais da Holanda, dos Estados Unidos, da Inglaterra e do País de Gales. Com essas medidas cautelares ela visa, de um lado evitar que a estatal de petróleo venezuelana PDVSA se mobilize para a venda de seus ativos no exterior enquanto durar o litígio, e de outro assegurar devida indenização se vier a perder a ação.
Só no tribunal de Nova York já haviam sido congelados US$ 300 milhões. E no dia 24 de janeiro último, tribunais da Inglaterra e do País de Gales determinaram o congelamento de US$ 12 bilhões.
Para se medir a extensão do golpe, basta considerar que o faturamento da PDVSA corresponde à metade do PIB venezuelano, já que o petróleo é a principal fonte de divisas do país. Por outro lado, a referida estatal padece de crescente problema de dívidas e vem tendo dificuldades operacionais por falta de inversões.
Com o petróleo pode fazer tudo, exceto comê-lo. Mas além de o setor estar mal administrado, tem havido queda de produção. Enquanto isso, os gastos do governo não param de crescer, os alimentos básicos vão escasseando, e a criminalidade atingindo índices alarmantes.
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