O lado democrata não foi menos surpreendente, tendo saído à frente o candidato Barack Obama.
Sua vantagem foi a de atrair o voto jovem, mas leva o enorme handicap de possuir um nome facilmente associável ao mais odiado de todos os nomes dos Estados Unidos e provavelmente só dado a cachorro: o de Osama Bin Laden. Por outro lado, embora ele possa vir a prevalecer entre os democratas, além do nome, a ascendência em parte muçulmana e sobretudo a condição de adversário da guerra do Iraque constituirão possantes obstáculos à sua eleição.
Hillary Clinton, esposa de ex-presidente, ex-militante abortista, ex-adversária da guerra do Iraque, ex-promotora do casamento homossexual etc., transformou-se, por injunções de opinião pública, em “freirinha” de orfanato. No mais requintado estilo lullista, a candidata passou a se declarar nos palanques contrária a tudo aquilo que escancaradamente defendia e que possa significar avanço revolucionário, sobretudo em matéria familiar.
Mas os EUA não são o Brasil. E o anglo-saxão, embora não tenha a vivacidade do latino, acaba sendo mais ladino, porque é mais conseqüente. Ele não aceita que alguém, sobretudo um candidato a cargo público, diga hoje uma coisa e amanhã outra. Por isso mesmo toda essa maquilagem da Sra. Hillary Rodham Clinton – como pomposamente a designa a mídia esquerdista americana –, e a bagatela dos também 7 milhões de dólares por ela despendidos neste primeiro round, não foram suficientes para convencer os democratas de Iowa. Estes a fizeram “rodar”, trocando suas pretensões à Casa Branca pela bem mais singela tarefa de segurar nas mãos a “lanterninha”...
... para procurar uma saída em New Hampshire
A convenção de New Hampshire, que deverá ocorrer em 8 de janeiro, poderá alterar esse quadro.
Seu público é menos conservador que o de Iowa nos planos religioso e moral, embora mais reativo no tocante à ingerência do Estado na economia, e ali Bill Clinton goza de certo prestígio. Mas caso sua hilariante esposa venha a se defrontar com uma nova derrota como a de Iowa – como aliás se vem anunciando –, estará desfeito o wishful thinking do “Financial Times”, que já a declarou próxima presidente dos EUA.
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