Já que falamos de moda, é o caso de aproveitarmos para acrescentar algumas observações do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o carnaval, que ajudarão a elucidar o assunto.
Comentou ele que nessa marcha gradual rumo à aceitação do caos, o carnaval desempenha um papel muito importante. Os excessos nele cometidos em determinado ano serão assimilados no ano seguinte pela moda. Esta, por sua vez, fará com que o próximo carnaval seja ainda mais ousado, dando origem a novas modas, também mais ousadas. E assim sucessivamente.
É o que explica o fato de as pessoas aceitarem hoje como “normais”, modas que há alguns anos jamais admitiriam. Por exemplo, se a mini-saia ou a mini-blusa tivessem sido lançadas quando nossos avós eram jovens, seriam rejeitadas.
À guisa de justificação, costuma-se argumentar que essa liberalização dos costumes faz parte do curso da “evolução” e enquanto tal deve ser aceita. Na verdade, trata-se de um bem orquestrado processo, articulado por forças revolucionárias que tramam a destruição da família e da civilização cristã. O divórcio, por exemplo, tido como moderno e próprio de sociedades “evoluídas”, é uma prática herdada do paganismo...
Por fim, sobre o curso das modas, é interessante lembrar ainda algumas considerações do historiador francês Gaston Lenôtre. Conta ele que pouco antes da Revolução Francesa – época em que até para brincar as crianças trajavam belas roupas de veludo com botões dourados –, um filósofo apareceu no Jardim das Tulherias com seus filhos vestidos de marinheiro. A reação foi de estupor, seguido de vaia. Contudo, pouco tempo depois, as pessoas foram se acostumando, e a moda se generalizou. Com a finura de percepção característica do espírito francês, Lenôtre afirmou que na realidade a Revolução Francesa começara ali.
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