quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Contrastes entre duas visitas

O Presidente Lula acaba de chegar de Havana, da segunda visita que faz ao “companheiro” Fidel Castro.

A primeira se deu em 2003, quando viajou acompanhado do então todo-poderoso ministro José Dirceu, que chorou de emoção sobre os ombros do ditador cubano, como a dizer: “le jour de gloire est arrivé!

Qual foi o cômputo para a infeliz parceria da esquerda cubano-brasileira nesses quatro anos que se passaram? Espantosa inversão! Se não, vejamos:

– Fidel Castro está moribundo, mais morto do que vivo.

– José Dirceu, fora do governo e acusado de formação de quadrilha, ataca o próprio PT.

– Frei Betto, ex-conselheiro do governo Lula e apaixonado habitué de Cuba, ausente há tempo de um e de outra.

– As fugas desesperadas de ingratos habitantes do “Paraíso” socialista cubano não cessam de minar os esforços de propaganda das esquerdas latino-americanas...

– E Lula, equilibrando-se como pode sobre o terreno movediço da contradição, nega as realidades mais evidentes. Assim, a respeito de Fidel Castro, declarou: “Está com uma lucidez incrível, com uma saúde impecável!

Se o Brasil estiver sendo conduzido com a suposta lucidez de quem há 17 meses não é capaz de se dirigir ao público, e se a saúde do governo petista for comparável à do moribundo ditador, é bem o caso de se colocar agora um no ombro do outro, e desatarem ambos a chorar...

Um comentário:

J. Sepúlveda disse...

Brilhante o comentário. É isso mesmo, Lula está abraçado a uma múmia (Fidel), assim como está abraçado a uma doutrina mumificada (o socialismo).