quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Farc, Chávez & Cia. – II

Entregaram as duas reféns – Consuelo González de Perdomo e Clara Rojas – ao ministro do Interior da Venezuela, que se fazia acompanhar do embaixador cubano e da senadora esquerdista colombiana Piedad Córdoba. O ministro teve o desplante de dizer aos guerrilheiros, como agradecimento, que se mantivessem na luta! Foi bom para saber o que ele de fato acha. No mesmo dia, Chávez fez um apelo consentâneo com os inusitados votos de seu ministro, pedindo aos países para não mais considerarem as FARC como grupo terrorista! Na véspera, Lula havia se manifestado no mesmo sentido.

Em retribuição a essas dádivas, pouco depois as mesmas FARC seqüestravam mais seis pessoas numa tranqüila praia colombiana... Sem contar que alguns dias antes a polícia havia localizado uma fossa comum, com seis corpos completamente mutilados. Comprovou-se que essas pobres vítimas haviam sido garroteadas e mortas a pauladas pelas FARC.

Como se sabe, no Brasil, ao se aproximarem as últimas eleições presidenciais, o MST deu ordem para que cessassem as invasões, a fim de não prejudicar a candidatura do Lula. Foi seguido à risca! Na Colômbia, nem isso as FARC fazem. Ainda quando precisariam passar por simples insurgentes, nem por tática conseguem aplacar sua sanha criminosa! Como diz, na fábula, o escorpião ao sapo agonizante: “Está na minha natureza”.

Um comentário:

Celso disse...

Na manifestação de véspera feita pelo Lulla, referida acima, ele aconselha o Presidente Uribe a reconhecer nesta atitude das FARC – a libertação das reféns – uma “demonstração de boa-vontade”. Em menos de 24 horas depois as FARC dão outra demonstração desta “boa-vontade”, seqüestrando mais seis pessoas, simples turistas. No entanto, me parece que o Sr. Luiz Inácio não deverá se incomodar com este desmentido tão imediato, pois seu próprio Ministro da Fazenda disse que “a palavra dele tem prazo de validade”, e que por sinal, deve ser muito curto.