quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mediação do Vaticano?

Vem causando preocupação na Colômbia a notícia, veiculada pela revista “Cambio” (Bogotá, 10 a 16/01/07), de que altos dignitários eclesiásticos daquele país acenam para a possibilidade de recorrerem à diplomacia vaticana para obter da União Européia a retirada das FARC da lista dos grupos terroristas: “Poderíamos .... aproveitar a influência do Vaticano nos mais importantes países da União Européia para que exclua as Farc de suas listas negras”, afirmou um prelado.

A informação é do boletim eletrônico “Destaque Internacional”, de San José de Costa Rica, de 15-01-07, que aponta os riscos que tal mudança acarretaria no panorama interno da Colômbia e no resto do continente:
Tal mudança de denominação está longe de ser um mero jogo de palavras, porque o reconhecimento das Farc como força beligerante deixaria as guerrilhas quase em igualdade de condições com o governo colombiano, lhes concederia um enorme prestígio internacional, dar-lhes-ia condições para negociar diretamente com governo estrangeiros e lhes abriria a possibilidade de abertura de escritórios de representação no exterior. Desse modo, se oficializaria a internacionalização do conflito da Colômbia, com conseqüências políticas imprevisíveis.

– Estaria a diplomacia vaticana disposta a conseguir para as FARC o que estas não obtiveram através de Chávez?

Um comentário:

Celso disse...

Na manifestação de véspera feita pelo Lulla, referida acima, ele aconselha o Presidente Uribe a reconhecer nesta atitude das FARC – a libertação das reféns – uma “demonstração de boa-vontade”. Em menos de 24 horas depois as FARC dão outra demonstração desta "boa-vontade" seqüestrando mais seis pessoas, simples turistas. No entanto, acho que o Sr. Luiz Inácio não se incomoda com este desmentido tão imediato, pois seu próprio Ministro da Fazenda disse que “a palavra dele tem prazo de validade”, e que por sinal, deve ser muito curto.